A Academia de Gravação, responsável pela organização do Grammy, declarou na última sexta-feira (16) que apenas criadores humanos poderiam ser elegíveis para o Grammy. Com isso, a entidade que entrega os prêmios de maior prestígio da indústria musical tenta limitar o uso de inteligência artificial na indústria.
Segundo as regras atualizadas da academia, “obras que não contêm escrita humana não podem ser incluídas em nenhuma das categorias”. A notícia veio na mesma semana em que Paul McCartney anunciou que lançaria uma “música final dos Beatles” com a ajuda de inteligência artificial.
Outra mudança anunciada pela Academia é o número de indicados nas quatro principais categorias de “Álbum do Ano”, “Canção do Ano”, “Gravação do Ano” e “Artista Revelação”, de dez indicados para oito em cada categoria. O Grammy também anunciou que, a partir de 2024, os profissionais devem estar envolvidos em pelo menos 20% da produção de um álbum para serem indicados como “Álbum do Ano” e uma estatueta.
O uso de inteligência artificial explodiu em popularidade desde novembro de 2022, quando a OpenAI lançou o ChatGPT, um chatbot gratuito apoiado pela Microsoft que pode gerar conversas semelhantes às humanas com base em comandos simples.
Os aplicativos de IA estão crescendo rapidamente, permitindo que os usuários animem fotos, criem avatares de filmes e componham músicas, ensaios e artigos.