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Demagogia identitária

Grammy: música boa é música feita por quem passa fome

Enquanto o governo americano provoca uma guerra no Sudão e fome na Etiópia com novas sanções, o Grammy resolve premiar a música africana

O imperialismo há muito tempo descobriu que as fundações são armas para “pão e circo”. Ninguém produziu uma máquina tão poderosa de fabricação de ilusões como os Estados Unidos. Construíram Hollywood com investimentos privados e estatais, que hoje também é alimentada por fundações. A fórmula deu certo! Criaram um aparato para promover a “democracia” e estilo de vida norte-americana. Na música criaram a indústria “fonográfica”, exportada para todos os países do mundo.

A Fundação Grammy criada a partir de um museu, instituição responsável pela “memória da música dos Estados Unidos”, tem a função de determinar o que vai ou não ser vendido. Uma fundação dos EUA, sempre está ligada à ideologia imperialista, e os fundos vem desde à USAID até a ONU, implantando a doutrina identitária, afinal, nada melhor que a música para reafirmar os valores demagógicos do imperialismo, como o identitarismo. Em 2015, por exemplo, uma canção foi amplamente comemorada pela USAID, a “Weapon of Peace”.

O Grammy abusa do identitarismo para desviar o foco fundamental, a dominação sob porrete que o imperialismo estabelece

A Recording Academy, anunciou na terça-feira (14), que o Grammy 2024 apresentará vencedores de novas categorias, uma delas dedicada à música africana. A “academia” afirma que é uma forma de reconhecer o “valor” do continente, e que seu objetivo é “reconhecer e homenagear o que há de melhor na música de todo mundo, todos os anos nos esforçamos para representar e celebrar com precisão as várias culturas, influências e gêneros que moldam o nosso mundo e fornecem a trilha sonora de nossas vidas”.

A fundação Grammy visa atenuar as críticas de que a “premiação não é inclusiva”. Em pesquisa feita pela CNN, sob o título “Black Artists on the Charts & Nominees at the Grammys”, constatou-se que há ausência de negros indicados. Segundo a CNN, de 2012 à 2020, 38% eram negros. Durante esse mesmo período, artistas negros representaram apenas 26.7% das indicações das categorias mais importantes. Na realidade, tudo isso não passa de demagogia identitária, pois os negros nos EUA continuam sendo alvo da polícia.

Na África, a coisa não vai bem por causa da política externa americana, como a guerra no Sudão e Eritreia, além de interrupção de auxílio de alimentação na Etiópia, sob alegações de “corrupção” do governo.  Conforme o portal RT, a Etiópia chegou a criticar os EUA e as Nações Unidas após decisão de suspender a assistência alimentar ao país africano por acusações de roubo “generalizado e coordenado”. A agência de ajuda internacional de Washington, USAID, anunciou na semana passada que estava suspendendo a ajuda alimentar à Etiópia, e o Programa Alimentar Mundial (PAM) da ONU mais tarde seguiu o exemplo.

Os EUA tentam compensar a fome que promove na África com música, tentando varrer para debaixo do tapete vermelho do Grammy, o que as fundações, o Pentágono e a CIA fazem naquele continente. Pior, com música feita por “negros do imperialismo”, que provavelmente nem morem na África. A atuação deplorável das fundações, cada vez mais abertamente demagógica, capitaneando negros para maltratar indiretamente negros nos Estados Unidos, na África e em todos os continentes. Não há canção de paz que suporte tamanha barbaridade, isto é, tentar “alimentar” os africanos com música do Grammy e ração da Cruz Vermelha e Médicos sem Fronteiras. 

Não é à toa que diversos países africanos têm se posicionado em favor da Rússia durante insurgências e guerras por independência, a consciência do drama sentido na pele mobiliza milhões de africanos contra os EUA, pois conhecem a opressão mais de perto, como na guerra civil provocada pelo imperialismo no Sudão. Por isso esse Grammy só alimenta ilusões de uma classe média, uma esquerda pequeno-burguesa, que cai no conto das fundações do imperialismo. É preciso denunciar e dar um basta.

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