Aconteceu, neste fim de semana, mais um ataque contra os povos da comunidade indígena guarani e kaiowá no município de Dourados, Mato Grosso do Sul (MS). Uma ação canalha, covarde e ilegal, promovida pelo governador bolsonarista, tucano golpista do PSDB, Riedel. Os PMs agiram com extrema truculência durante o despejo ilegal. Não satisfeitos, a tropa de choque ainda prendeu ilegalmente os índios guarani kaiowá e manifestantes, (inclusive Magno Souza, candidato a governador de MS pelo PCO) pela retomada das terras em Dourados.
No município de Iguatemi, segurança particular e do DOF – PM adentrou na comunidade de Puelyto Kue, intimidando as lideranças, criando clima de pavor e medo, com até helicóptero sobrevoando a área. Todas as ações dos PMs estão sendo feitas sem ordem judicial, e sem conhecimento ou intervenção do Ministério dos Povos Indígenas
Diante dos fatos, infelizmente a gente não pode acreditar na justiça burguesa, que sempre foi omissa para os pobres, e que só tem um lado, a defesa dos latifundiários dos grandes donos de terra. Nem mesmo podemos buscar apoio na presidência da Funai e muito menos na atual ministra dos povos originários, Sônia Guajajara, que está alinhada com as pautas e reivindicações identitárias e com o imperialismo. Esta sequer tomou alguma atitude em relação à retomada em Iguatemi e dos índios presos.
Os povos indígenas do Brasil e principalmente do Mato Grosso, onde os conflitos são um problema antigo, e longe de encontrar solução, sempre enfrentaram perseguição. Hoje, isso se intensificou com aumento da grilagem de terra, roubo, mineradoras, loteamento em seus territórios tradicionais, atingindo um nível preocupante de concentração de terras nas mãos dos fazendeiros. O conflito agrário já e uma constante na vida dos povos indígenas, que lutam para defender seus territórios, e já cansados da mesma retórica golpista.
Sem a luta popular pelo o fim dos latifúndios, não há reforma agrária e nem demarcação das terras indígenas.