Com o hemisfério norte se aproximando do inverno, a estatal energética russa Gazprom emitiu um alerta no último dia 3 para a possibilidade de a União Europeia (UE) enfrentar escassez de gás natural. O sistema energético do bloco foi declarado instável pelos gestores da estatal. A Gazprom reduziu drasticamente suas exportações de gás para os países da UE, em decorrência das sanções ocidentais e da sabotagem do imperialismo contra os gasodutos Nord Stream.
“O fato do déficit sistêmico não ter desaparecido se manifesta não só pelo nível de preços mais elevado em 2023 em comparação com os anos anteriores à COVID-19, mas também pela persistência de um ‘contango’ estável no mercado do gás natural”, disseram os gestores sêniores da estatal, Sergei Komlev e Aleksandr Shapin.
Em 2022, a UE reduziu a sua dependência da energia russa, substituindo-a por importações de gás natural liquefeito (GNL) de países como os EUA, que se tornaram a principal fonte de gás do bloco, representando até 35% do total das importações. Os executivos da Gazprom disseram que a política imperialista levou à insegurança energética na UE.