Em debate realizado no auditório Milton Santos, na FFLCH da USP, nesta quinta-feira (9), o coordenador da Federação Árabe Palestina do Brasil (FEPAL), Ualid Rabah, denunciou a limpeza étnica promovida por Israel contra os palestinos.
De acordo com ele, “o que acontece há 75 anos é a ideia de que o colonialismo pode triunfar, de que o apartheid é possível mesmo nos dia de hoje”.
Ele denunciou que o bloqueio à Faixa de Gaza torna a região em um “campo de concentração”, comparando a política do sionismo com a política da Alemanha Nazista de Adolf Hitler, que colocou judeus e comunistas em campos para matá-los massivamente. Em Gaza, ocorre “um confinamento de pessoas por aquilo que elas são”, disse, apontando que o local “é um campo de exterminou”.
Rabah apontou que existem três características diferentes do genocídio promovido por Hitler e o promovido pelo Estado de Israel contra outros palestinos. Primeiro, o massacre israelense é mais longevo. Segundo, pessoas nascem, se reproduzem e vivem nesse campo. Terceiro, “é um campo de experimento bélico de equipamentos que depois são vendidos, inclusive, para o Brasil”, lembrando que 80% do armamento que é testado é norte-americano.
O genocídio contra palestinos é “o primeiro genocídio televisionado na história moderna”, criticou Rabah.