No último domingo (19), ocorreu a primeira fase da Fuvest, um dos principais vestibulares do País, que contou com mais de 110 mil inscritos. O vestibular para tentar ingressar na Universidade de São Paulo (USP) é um dos mais concorridos do Brasil, ficando atrás apenas do Enem.
Tal qual o Enem, que envolve muito mais pessoas que a Fuvest (quase 4 milhões de inscritos em 2023), os exames determinam quem terá acesso ao ensino superior, restrito para a maioria da população.
Esse acesso é restringido, muitas vezes, até mesmo pela dificuldade de se chegar ao local da prova e realizá-la. Nessa edição do Enem, por exemplo, milhares de candidatos foram selecionados para fazer a prova a mais de 30km de distância de suas casas e por isso chegou até a ser remarcado para esses casos.
A pressão sobre os estudantes é uma coisa descomunal e as chances de ingressar numa universidade são realmente baixas e quem consegue, de fato, são os que tiveram acesso a uma educação de qualidade. O que acontece é que os mais
A existência de um filtro extremamente limitador do ingresso na universidade é uma coisa absurda. Da mesma forma como há o ensino básico público, universal e gratuito para qualquer cidadão brasileiro, deveria ser também para o ensino superior, como é em alguns países pelo mundo.
É necessário travar uma luta no interior do movimento estudantil e da juventude pelo fim do vestibular e pelo livre ingresso no ensino superior. A educação é um direito e deve ser garantido para todos os brasileiros.