Nesta terça-feira, dia 28 de novembro, esta convocada greve no estado de São Paulo dos trabalhadores metroviários, ferroviários, professores, saneamento, saúde, entre outras. A mobilização dessas categorias vem contra a política de sucateamento e privatizações do governador Tarcísio de Freitas (Republicanos).
Cortes orçamentários feitos por Tarcísio
O projeto de Lei Orçamentária Anual enviado pelo governador paulista propunha um enxugamento, em várias pastas do estado. Nos Esportes, a redução, seria de 36%, e na Cultura, 4%.
Na pasta da Saúde, não foi reposta a inflação dos últimos doze meses. Objetivamente o aumento de menos de 3% é uma perda real de recursos. A secretaria que mas perdeu percentualmente foi a Secretaria de Desenvolvimento Social, com redução de 33% do seu orçamento, uma redução de recursos de R$ 560 milhões em 2024.
Quanto à educação, o governador do Republicanos enviou à Assembleia Legislativa uma proposta de alteração da Constituição Estadual. Atualmente o gasto mínimo com educação está vinculado a 30% do orçamento; com a alteração, o percentual diminuiria para 25%. Em valores, isto significaria R$ 9 bilhões.
Privatizações propostas por Tarcísio
Tarcísio pretende passar à iniciativa privada importantes bens da classe trabalhadora paulistana, mediante parcerias público privadas (PPP), concessão e privatização. Estão anunciados a Companhia de Paulista Trens Metropolitanos (CPTM) nas linhas 11, 12 e 13, a Companhia de Saneamento Básico do Estado de São Paulo (Sabesp), o metrô nas linhas 1, 2, 3 e 15, os trens intermunicipais e o túnel Santos-Guarujá, além de rodovias Mogi-Bertioga e a rodovia SP-055.
Apenas a Sabesp é uma das maiores empresas de saneamento do mundo, atendendo mais de 28 milhões de pessoas. Ela foi avalizada pelo estado em R$ 60 bilhões, mas seu valor real e importância à população superam em muito esse montante.
São Paulo em Greve
No dia 31 de outubro, representantes de diversa categorias se reuniram sobre o encaminhamento dessa luta. Estavam presentes representantes do Sindicato dos Professores do Ensino Oficial do Estado de São Paulo (Apeoesp), Sindicato dos Trabalhadores Públicos da Saúde no Estado de São Paulo (SindSaúde), Sindicato dos Trabalhadores do Centro Paula Souza (Sinteps) e do Sindicato da Socioeducação de São Paulo (Sitsesp).
Segundo o presidente da Apeoesp, Fábio de Moraes: “Nós unificamos. É uma luta que vai envolver todo o funcionalismo público para a gente derrotar esses projetos que estão na Assembleia Legislativa. Nós entendemos que, para derrotar esses projetos e o ataque ao serviço, o servidor público e as estatais, nós faremos isso de forma unificada, para mostrar que todos esses segmentos envolvidos estão comprometidos em defender o serviço público”.
Nesta reunião foram definidas pauta, data da paralisação e protestos para o dia 28, entre estes um ato junto à sede da Assembleia Legislativa de São Paulo (Alesp). Ainda há outras iniciativas das categorias, como o plebiscito sobre a privatização, iniciado em 5 de setembro e finalizado em 5 de novembro, foram consultadas 879.431 pessoas. Destas 99,9% foram contrárias a privatização.