Cisjordânia

Forças de ocupação de “Israel” ampliam massacre em Jenin

Ofensiva sionista se intensifica também na Cisjordânia, generalizando a abrangência dos ataques genocidas na Palestina.

O genocídio palestino avança rapidamente sobre a Cisjordânia ocupada. Enquanto o mundo assiste assombrado à brutalidade militar de “Israel” na Faixa de Gaza, os sionistas partiram para uma ampliação da matança no outro gueto onde confinaram o povo palestino. Além da cidade de Jenin propriamente dita, os ataques miram o campo de refugiados também chamado Jenin. São pelo menos 12 mortos e uma destruição criminosa que afeta as condições de sobrevivência de uma população já muito empobrecida.

Para se ter uma ideia do cenário, é como se as incursões da Polícia Militar nas favelas brasileiras, que já deixam um enorme rastro de sangue, fossem substituídas por ataques indiscriminados do exército contra uma favela inteira. Ataques de drones, artilharia pesada, mísseis, granadas…

O portal Eletronic Intifada denunciou na quinta-feira o andamento desse massacre contra civis, lembrando que só em 2023 os israelenses já haviam assassinado pelo menos 15 crianças na Cisjordânia: dez em ataques com drones, quatro em ataques com mísseis disparados por helicópteros Apache norte-americanos e mais uma em ataque aéreo de avião israelense.

A denúncia aponta o caráter abertamente genocida das ações de “Israel”. Para se ter uma ideia, os três principais hospitais da cidade foram cercados por tropas que impedem a entrada de ambulâncias. Os paramédicos têm sua movimentação bloqueada pelos militares e os chamados médicos não podem ser atendidos, como vem denunciando a organização humanitária Sociedade do Crescente Vermelho Palestino. A organização foi fundada por um irmão de Yasser Arafat em 1968 e oferece hospitais e serviços de saúde aos palestinos, incluindo o atendimento com ambulâncias.

A Intifada Eletrônica relatou o caso de dois palestinos que morreram por contra desse impedimento ao acesso aos cuidados médicos e hospitalares, um homem ferido por bala na coxa e uma criança de 13 anos que estava doente. O pai de Ahmad Mohammad Sammar foi redirecionado uma série de vezes pelos militares israelenses até que finalmente pode acessar um hospital, mas teve que carregar o filho nos braços por cerca de 500 metros, pois negaram o acesso com carro. Quando chegou ao hospital, os médicos apenas puderam declarar Ahmad morto. Morreu nos braços do pai, que foi humilhado pelos nazistas de “Israel”. Ante isto, apenas o silêncio criminoso de grande parte dos pretensos defensores dos tais “direitos humanos”.

A matéria assinada por Tamara Nassar relaciona o nível da brutalidade imposto em Gaza ao que está ocorrendo agora na Cisjordânia:

“A impunidade com a qual Israel ataca hospitais na Faixa de Gaza parece ter estabelecido um precedente que se estende também à Cisjordânia ocupada. O exército israelense agora impede rotineiramente o aceso dos palestinos a instalações médicas e até ataca hospitais durante suas incursões na Cisjordânia”.

O perfil da rede social X (antigo Twitter) da Rede de Notícias Quds divulgou vídeo que mostra um blindado israelense avançando sobre jornalistas, mesmo com eles já fugindo do veículo. Outro, mostra militares ocupando uma mesquita.

A selvageria israelense é tamanha que um teatro foi invadido, destruído a tiros e marteladas e tanto o diretor artístico quanto o produtor foram presos. O caso foi denunciado no perfil do próprio The Freedom Theatre:

O perfil da Agência de Notícias Shehab também publicou diversos registros da monstruosidade sionista, tanto em Jenin quanto em outras cidades da Cisjordânia:

https://twitter.com/ShehabAgency/status/1734692424444715301

A matéria da Intifada Eletrônica conclui com a informação de que 2023 já se estabeleceu como o ano com mais mortes causadas pela ocupação israelense na Cisjordânia desde 2005, quando a ONU passou a monitorar a situação por lá:

“Israel tem conduzido rotineiramente ataques militares prolongados em vilas, cidades e campos de refugiados em toda a Cisjordânia, particularmente no Norte. Os ataques militares israelenses incluem frequentemente ataques altamente destrutivos a infraestruturas, com escavadoras israelitas a danificar estruturas de água, estradas e eletricidade, causando danos generalizados em ruas, casas e áreas comerciais nesses locais.

O exército israelense também tem conduzido ataques aéreos na Cisjordânia ocupada, uma prática que reviveu desde a segunda intifada, há duas décadas.

As tropas israelitas mataram mais de 260 palestinianos na Cisjordânia ocupada desde 7 de Outubro, e outros oito foram mortos por colonos, informou o grupo de monitorização OCHA da ONU”.

Para saber mais sobre o histórico da violência sionista na Cisjordânia, está disponível no YouTube o documentário “Jenin, Jenin” de 2002. Gravado há mais de 20 anos, mostra as atrocidades cometidas por “Israel” na cidade de Jenin ainda no começo do século:

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