Há muito, insistimos em manter acesa a chama da mobilização popular como instrumento da luta política cotidiana contra os golpistas bolsonaristas e a terceira via, sempre à espreita de armações e manobras contra a esquerda e o povo brasileiro. Durante essa semana que fechou o mês de fevereiro e iniciou março de 2023, as notícias quentes das ações dos políticos delinquentes da direita vieram à tona. Lembrando que grande parte dos ministros empossados por Lula votaram pelo impeachment da presidenta Dilma em 2016 e contribuíram pra passar a boiada com Temer e Bolsonaro no golpe de Estado recentemente.
A mais recente e importante notícia diz respeito à pasta do ministério das Minas e Energia ocupada pelo senador do PSD-MG Alexandre Silveira. Tomando esse político direitista como exemplo de como o governo Lula está cercado de golpistas, cabe uma pequena contribuição biográfica retrospectiva. Tomando o portal Wikipedia como referência “Nas eleições de 2014, Alexandre Silveira foi convidado como primeiro suplente do ex-governador Antônio Anastasia (PSDB), que foi eleito ao Senado Federal com 5 milhões de votos” Em outro trecho importante: “em 2 de fevereiro de 2022, Alexandre Silveira foi empossado como senador da república após a renúncia de Anastasia, que assumiu o cargo de ministro do Tribunal de Contas da União (TCU).
Um mês antes de tomar posse, recebeu um convite do presidente Jair Bolsonaro (PSL) para ser seu líder do governo, porém o recusou, mais tarde, em maio e já empossado como senador, recebeu novamente o convite, recusando-o mais uma vez”. Mesmo recusando a liderança do governo no senado na presidência de Bolsonaro é muito óbvio que para essa incumbência esse político direitista já havia sido sondado historicamente. Para um político ser chamado a assumir a suplência do senador Anastasia (golpista histórico do PSDB) certamente suas credenciais são mais que muito bem aceitas pela burguesia.
Agora; a frente do ministério das Minas e Energia o direitista de duas décadas a fio, Alexandre Silveira resolveu entregar a Petrobrás de vez aos banqueiros do BTG Pactual e outros acionistas delinquentes do mercado financeiro. Além do presidente do Banco Central, Campos Neto, agir descaradamente contra o país e a favor do mercado financeiro nacional e internacional, com a política de pagamento de juros aos banqueiros e rentistas de dentro e fora do país; temos agora Alexandre Silveira que também atua nos marcos dos interesses do mercado financeiro.
De acordo com a presidenta do PT Gleisi Hoffmann, a partir do que foi veiculado no portal Brasil247 “A presidente do Partido dos Trabalhadores, Gleisi Hoffmann, criticou duramente o ministro de Minas e Energia, Alexandre Silveira, que indicou para a Petrobrás conselheiros fora da lista do Palácio do Planalto e considerados “privatistas” e “entreguistas” por especialistas na área de petróleo. “Eu penso que os indicados do governo têm que seguir o governo. Esse é um problema do ministro Alexandre Silveira. Ele não pode colocar um conselheiro que seja contra o que o presidente falou na campanha. Estelionato eleitoral não pode, não. Nós temos que ser firmes. Não tem por que manter essa política de preços da Petrobrás, de dolarização. Não tem por que pagar esses dividendos. Isso é um tapa na cara dos brasileiros. Isso é escorchante. Quem for para a Petrobrás, no conselho, na diretoria, tem que saber isso. Ganhou um presidente que falou isso na campanha. Se a gente tiver uma gasolina mais barata, a gente tem impacto na competitividade e no processo inflacionário”, disse ela, em entrevista ao Metrópoles.
Em razão das indicações feitas por Silveira, consideradas uma traição por integrantes do governo Lula, a assembleia de acionistas da Petrobrás foi adiada. De acordo com apuração do Brasil247, o responsável pela indicação conselho “privatista” da Petrobrás foi o advogado Bruno Bianco, ex-advogado-geral da União no governo de Jair Bolsonaro e hoje sócio do banco BTG Pactual. Em pronunciamento nas redes sociais, o ex-senador Roberto Requião cobrou que Alexandre Silveira se demita ou seja demitido”.
A partir das considerações da presidenta do PT, notamos um erro “grosseiro” na gênese da “facada nas costas” de Silveira, e que certamente não reside no “por enquanto” atual ministro das Minas e Energia Alexandre Silveira. O ministro de uma pasta estratégica como essa não poderia estar nas mãos de um direitista aliado de todos os delinquentes políticos golpistas da nação. Alexandre “faz seu trabalho” de direitista estratégico dentro de um governo de base popular e Gleisi Hoffmann, mesmo fazendo os apontamentos corretos, camufla a gênese do problema, que se encontrar a partir da nomeação do “Cavalo de Troia Alexandre Silveira na composição da tal “governabilidade”. Enquanto o discurso contra o presidente do Banco Central está correto como produto do golpe de Estado, a crítica sobre Silveira, que a deputada faz, existe uma razão, mas parcial, já que o problema estava instalado desde a posse de ministros engajados com a direita golpista e bolsonarista, e para isso, é preciso tomar as ruas e empurrar para fora todos esses direitistas da terceira via e da extrema direita.