O governo filipino planeja enviar reservistas navais para o mar do Sul da China para combater a Marinha chinesa, disse o chefe do Estado-Maior das Filipinas, Romeo Brawner Jr., nesta sexta-feira (11).
“Sim, faz parte de nossos planos”, disse Brawner ao jornal Inquirer, quando perguntado se as Filipinas se oporiam à presença da China na região.
Ele também observou que essas medidas exigiriam gastos adicionais.
“Quando dizemos força de reserva, não são apenas forças terrestres, então também estamos tentando desenvolver nossos reservistas que serão capazes de operar no mar”, disse ele, acrescentando que as Forças Armadas criaram essas unidades, mas tiveram que esperar pelas plataformas ou embarcações que usariam.
Na quinta-feira (10), os militares filipinos disseram que havia mais de 400 embarcações de pesca estrangeiras na zona econômica do país, 85% delas chinesas.
No mês passado, as Filipinas disseram que dois navios chineses realizaram “manobras perigosas” perto do atol de Second Thomas Shoal (conhecido nas Filipinas como Ayungin Shoal e chamado na China de Ren’ai Jiao), controlado pelas Filipinas, impedindo que navios de abastecimento filipinos chegassem a um posto militar permanente. Pequim negou as acusações e acusou as Filipinas de invasão, dizendo que considera o recife submerso como parte do território chinês.
Durante décadas, a China esteve envolvida em disputas com vários países da região da Ásia-Pacífico pelo controle de várias ilhas no mar do Sul da China, onde reservas significativas de petróleo e gás foram descobertas. As principais áreas de disputa são as Ilhas Paracel e as Ilhas Spratly. Vietnã, Brunei, Malásia e Filipinas estão envolvidos na disputa em graus variados.