As grandes corporações financeiras que controlam o esporte mais popular do mundo, através da entidade maior do futebol, a Fifa – que nunca foi nenhum bom exemplo de lisura em sua gestão (Blatter, Platini etc.) – novamente direcionam suas baterias contra o futebol brasileiro. Sim, eles se incomodam e, mais ainda, se preocupam muito com o fato de praticarmos o melhor futebol do mundo. Óbvio, pois para essa gente, essa gente capitalista que só pensa em lucros astronômicos, em transformar a cultura e a tradição de um determinado país em negócio, é inaceitável que um país pobre, explorado, que não faz parte do círculo de países capitalistas exploradores que hospeda os grandes conglomerados econômicos, seja o detentor de cinco títulos mundiais do esporte mais popular do planeta.
O fato é que, a pretexto de supostamente querer moralizar a Confederação Brasileira de Futebol (CBF) – que sofre neste momento a intervenção da justiça carioca, com o afastamento do presidente, Ednaldo Rodrigues -, a Fifa e a Conmebol assediam o futebol brasileiro, ameaçando de excluir de competições internacionais tanto a seleção brasileira quanto os clubes nacionais. Ora, qual a autoridade da entidade internacional para dizer o que fazer com as entidades que, bem ou mal, corruptas ou não, dirigem o nosso futebol? E mais: os dirigentes da Fifa enviaram uma carta à CBF onde dizem que estarão no Brasil no dia 8 de janeiro para uma “conversa” com os que comandam a entidade nacional.
A ação, bancada pelos grandes monopólios esportivos, visa beneficiar o bilionário futebol europeu, em detrimento do melhor futebol do mundo, o brasileiro.
A única forma de se opor a toda essa bandalheira, é a luta em defesa do futebol nacional, que – já está por demais provado – não pode ser levada adiante pela cartolagem da CBF.
Já passou da hora dos torcedores e das torcidas assumirem o controle do esporte das grandes massas, das grandes multidões, rechaçando a ingerência do grande capital monopolista estrangeiro, assim como das venais instituições jurídicas nacionais, todas contrárias aos verdadeiros interesses populares.
Por fim, para que o controle popular sobre o futebol seja verdadeiramente efetivo, é necessário exigir o fim da perseguição policial às torcidas; o fim da violência policial nos estádios nacionais, garantindo a mais ampla liberdade de manifestação e expressão das torcidas e dos torcedores.