Fazendeiros estão atacando sem terra na Chapada Diamantina

Cento e Setenta famílias do MST(Movimento dos Trabalhadores sem Terra) que tomaram posse da fazenda Recreio vêm sendo ameaçadas por jagunços e fazendeiros. Os latifundiários receberam ainda o auxílio da polícia do estado da Bahia, e se encontra estacionada na frente da entrada da fazenda. A fazenda Recreio está localizada a cerca de 286 km de Salvador, Bahia, a invasão da fazenda improdutiva se deu na madrugada do dia 12 de março (domingo). No dia 13 (segunda) o aparato repressivo do estado já estava a postos para expulsar os trabalhadores sem terra. Os trabalhadores sem terra alegam que a fazenda é improdutiva, no decorrer do dia 13 de março chegou ao local a filha do dono da fazenda, cujo pai morreu em 2005, segundo a familiar a fazenda está improdutiva em razão do processo de inventário dos 11 herdeiros e que um ajuste nos limites da fazenda precisa ser feito no cartório para que o inventário prossiga. Os trabalhadores decidiram, diante das explicações da herdeira e do risco de confronto com os fazendeiros locais, que nada tinham a ver com o peixe, abandonar a fazenda e ir para o acampamento Antonio Queiroz no município Rui Barbosa. O governo Bolsonaro instrumentalizou e deu garantias estatais aos fazendeiros de que as terras dos latifundiários, mesmo improdutivas, não seriam desapropriadas para entregá-las aos trabalhadores sem terra. Com isso, apesar do governo do fascista ter acabado, os latifundiários e grileiros de terras estão organizados para expulsar os trabalhadores sem terra, sem nem se darem ao trabalho de procurar o estado, na figura do judiciário, para ajudá-los a expulsá-los, mesmo que tenha que ser na bala. O governo Lula ainda precisa avançar na questão da reforma agrária, pois sequer nomeou o diretor do INCRA. Resta aos movimentos de luta pela terra se organizarem e exigirem a terra para quem nela vive e trabalha. O governo do PT esta sendo empurrado contra a parede pelo “mercado” e pelos infiltrados da direita em seu governo, a não agir contra os interesses dos bancos, latifúndios e grandes empresários. Para que Lula consiga atender às necessidades urgentes do povo da cidade e do campo, é preciso pressionar o governo pela esquerda, unificar a luta em torno de reivindicações comuns a todos os setores populares da sociedade, trabalhadores rurais, operários e estudantes. Como o povo mobilizado são atingidos dois objetivos principais: evita-se o golpe contra a esquerda e a pauta da população vira realidade.