Nessa quinta-feira (03), na cidade de Santarém, no Pará, um fazendeiro foi preso pela Polícia Federal (PF) por dizer que “daria um tiro na barriga” do presidente Luiz Inácio Lula da Silva.
A acusação é, por si só, absurda, pois o fazendeiro, identificado como Arilson Strapasson, foi preso por algo que ele falou, e não algo que ele fez. A coisa fica pior quando levamos em consideração que ele fez tal comentário enquanto fazia compras em uma distribuidora de bebidas. Arilson foi, então, denunciado por uma testemunha e localizado pelos agentes da PF.
Trata-se de um grave ataque à liberdade de expressão. Decerto que sua colocação foi extremamente direitista, mas isso é algo que deve ser combatido politicamente, e não por meio da polícia que, por definição, serve para atacar os direitos dos trabalhadores.
O direito à liberdade de expressão foi completamente destroçado pela burguesia no Brasil, principalmente pelo judiciário e por seu principal representante, o Supremo Tribunal Federal (STF). Finalmente, o artigo 5° da Constituição Federal já não vale segundo a interpretação dos fascistas de toga do Supremo.
É mais um caso que demonstra que o regime político no Brasil caminha para se consolidar com uma ditadura aberta, lamentavelmente com o apoio da maioria da esquerda, que apoia a destruição dos direitos democráticos e o aprofundamento da repressão, sob o pretexto da luta contra o fascismo.
Contudo, a história nos ensina que o Estado burguês jamais irá barrar a ascensão do fascismo, a final, tal movimento político é a expressão da burguesia da imperialista nua e crua, que se utilizada do mesmo para esmagar todas as organizações populares a fim de conter o avanço da classe operária contra o imperialismo