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Petrobrás

Explorar ou deixar de explorar o petróleo é uma decisão política

A decisão do IBAMA não é "técnica", é pura ideologia ambientalista antinacional e antipopular

A campanha para impedir a exploração do petróleo nas águas profundas do mar amazônico continua. Vemos um espetáculo de mentiras, sentimentalismo barato e até tentativas de tornar o Brasil numa vanguarda na transição energética. Vamos por partes: entenda como os imperialistas (clube dos países que concentram o grande capital global), tentam vender para a terra de Santa Cruz o subdesenvolvimento perpétuo com uma embalagem ética, ecológica e à “esquerda”.

A disputa até agora

Na quinta-feira (17/05), o IBAMA indeferiu o parecer técnico da Petrobrás, negando licença ambiental à empresa petroleira para conduzir uma pesquisa no mar amazônico (cerca de 500km da costa). A empresa busca, na costa Norte brasileira, encontrar indícios da presença de petróleo em quantidade e qualidade suficientes para exploração econômica viável.

Aqui, já encontramos o primeiro impasse. O IBAMA, que responde à ministra do meio ambiente, Marina Silva, por meio de argumentos ideológicos — não técnicos — impediu a Petrobrás de conduzir suas pesquisas. Que fique claro, neste primeiro momento o que está em jogo não é, sequer, a exploração efetiva do petróleo, o que torna o parecer assinado pelo presidente do IBAMA, Rodrigo Antonio de Agostinho Mendonça, mais evidentemente anti-nacional, ideologicamente pró-imperialista. 

Dentre as inconsistências elencadas neste parecer, destacam-se: a não apresentação de medidas específicas no Plano de Comunicação Social para as comunidades indígenas; a não revisão do item “II.11.8 – Identificação e Avaliação dos Impactos Ambientais”, permanecendo, portanto, a constatação de impactos ambientais não previstos no EIA e sem medidas mitigadoras elaboradas de forma fundamentada e passíveis de verificação de efetividade; e deficiências significativas do Plano de Proteção à Fauna, integrante do Plano de Emergência Individual do empreendimento

O embate entre o Ministério de Minas e Energia e o Ministério do Meio ambiente se prolonga, com o presidente Lula articulando nos bastidores da frente ampla uma saída mediada, afastando os ecologistas misantrópicos.

As projeções dos “especialistas”

Um ponto de discussão apenas nos jornais brasileiros é a possibilidade de um vazamento significativo de petróleo, mediante futura exploração da região. Os “jornalistas” e “especialistas” projetam os futuros imbróglios que o Brasil se envolveria caso um possível vazamento chegasse à Guiana Francesa — uma herança colonial que até hoje pertence ao Estado francês —. Alia-se a essa “preocupação”, o argumento de que nossos vizinhos colonizados não exploram mais o petróleo em alto mar, são limpinhos e ecológicos. Tudo isso é uma grande farsa.

Em primeiro lugar, é importante notar que a discussão, por hora, é a mera pesquisa da foz amazônica (500km da costa). O que o IBAMA e os jornalões brasileiros estão discutindo é o popular “e se”. Ou seja, antes de qualquer exploração de petróleo na região ser uma possibilidade real, já conjecturam as consequências diplomáticas de um desastre ambiental decorrente da exploração do ouro negro. Que fique claro,a Petrobrás é uma das empresas petrolíferas com melhor histórico de segurança ambiental. Não à toa, as companhias partícipes nos grandes desastres ambientais eram, em sua absoluta maioria, grupos privados, diferente da Petrobrás que, apesar de possuir capital aberto, é controlada — mesmo que precariamente — pela União. 

Em segundo lugar, a Guiana Francesa explora petróleo e, de 2011 até 2019 se tentou explorar petróleo em alto mar na região. No entanto, “após meses de perfuração, não foi produzido nenhum resultado” positivo, como aponta matéria da France 24. Para Adriano Pires, sócio-fundador e diretor do Centro Brasileiro de Infraestrutura (CBIE),  doutor em economia industrial pela Universidade Paris 13 (1987), mestre em planejamento energético pela Coppe/UFRJ (1983) e economista formado pela Universidade Federal do Rio de Janeiro (1980), que  atua há mais de 30 anos na área de energia, as perspectivas sobre a exploração do petróleo na Guiana Francesa eram claras: “Os valores são gigantescos e podem levar riqueza a toda a sociedade da Guiana”.

Cabe aqui, também, uma menção desonrosa aos grupos que consubstanciam as decisões “técnicas” dos orgãos de controle no Brasil. Há um fato curioso na burocracia brasileira que se alimenta de pesquisas realizadas por ONGs, fundações, institutos e outros organismos estrangeiros (ou financiados internacionalmente). Essa burocracia “bem-pensante”, não se aproxima de nossas universidades, ou institutos de pesquisa nacionais, tomam como verdade baboseiras ideológicas, tal qual o “recife de corais amazônicos”, que não passa de uma farsa científica promovida por ninguém menos que o Greenpeace, sem nenhuma prova que substancie a proteção dessas “estruturas” subaquáticas na foz do amazônas.

Utilizado como substituto pela falta de substância jornalística que leve à conclusão de que a busca por petróleo na região deva ser abandonada. Na realidade, quem se compadece desses ataques sentimentais são apenas os setores médios, que assistem CNN, Globo News e outros orgãos de propaganda do imperialismo. 

O que está em jogo

O que vemos se desenrolar é a confluência de três questões fundamentais: a soberania brasileira, o desenvolvimento econômico e a questão ambiental. A linha promovida pela imprensa e, até mesmo, por amplos setores da esquerda — verdadeiros apêndices do imperialismo — é de que essas três questões devam ser respondidas de acordo com os interesses dos grandes capitalistas “ecológicos”: soberania limitada nos assuntos “internacionais” como a questão ambiental e os direitos humanos; desenvolvimento econômico nos países atrasados que respeite as regras impostas para sabotar nossa economia; e defesa do meio ambiente como fim em si mesmo, matando o povo brasileiro de fome e doenças curáveis em nome do “planeta Terra”. Enquanto isso, o povo se encontra do outro lado da trincheira, exigindo soberania total da nação brasileira, superação do subdesenvolvimento crônico e exploração do meio ambiente de forma racional.

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