Luiz Eduardo Barata, ex-diretor-geral do Operador Nacional do Sistema Elétrico (ONS), criticou a atual gestão do órgão pela demora a esclarecer a origem e as causas do apagão dessa terça-feira (15).
“Um distúrbio dessa magnitude costuma ocorrer quando há simultaneidade de eventos. Quais foram ainda não disseram, e isso é inacreditável […] Concordamos que a situação energética do país é excepcional e não há qualquer tipo de risco no abastecimento. Mas os registradores mostram onde ocorre esse tipo de evento […] Depois, óbvio, você vai ver o que aconteceu a mais, mas a causa você sabe imediatamente. Digo isso sem medo da errar”, afirmou em uma entrevista à Folha de S. Paulo.
Em primeiro lugar, é preciso destacar o oportunismo de Barata em sua crítica. Apontado por Dilma, Barata assumiu seu cargo na ONS durante o governo Temer, parecendo não se importar com a destruição que o ex-presidente golpista causou ao País. O mesmo vale para Bolsonaro, pois Barata ficou até 2020 no cargo.
Apesar disto, sua crítica está correta. A demora para a determinação da causa do apagão é, de fato, estranha. Ao que tudo indica, poderia muito bem ser obra de uma sabotagem da direita nacional ou, até mesmo, do imperialismo. Este que, principalmente por meio de Jorge Paulo Lemann (um dos responsáveis por falir as Americanas) está progressivamente assumindo o controle do sistema de produção e transmissão de energia elétrica do Brasil