O país norte-americano chegou à Índia para uma exposição militar com sua maior delegação na história do evento, procurando afastar a atenção da Rússia, segundo a mídia.
Os EUA estão tentando “afastar” a Rússia da Índia na área militar através da demonstração de aeronaves, relata na sexta-feira (17) a agência britânica Reuters.
Os EUA chegaram a Bengaluru com sua maior delegação na história da exposição Aero India, que tem 27 anos. Eles exibiram o bombardeiro B-1B e caças Super Hornet, F-16 e F-35.
Washington estaria oferecendo os Super Hornet, F-21 e F-16 aprimorados, havendo uma oferta de 114 caças polivalentes de US$ 20 bilhões (R$ 104,37 bilhões) que já dura há cinco anos.
De acordo com a Força Aérea da Índia, Nova Deli ainda não está considerando comprar F-35, apesar de um negócio poder estar mais próximo devido à presença de dois exemplares na exposição. Segundo Michael Baker, contra-almirante e adido militar na embaixada dos EUA na Índia, os dois lados estavam em “fases muito iniciais” de considerar a aquisição do caça de quinta geração.
A Rússia, por sua vez, esteve presente através do Rosoboronexport, seu exportador de armas estatal, que tinha uma banca conjunta com a OAC e a Almaz-Antey, com a exibição de modelos miniatura de aeronaves, caminhões, radares e tanques.
Moscou também recebeu recentemente ofertas de contratos no valor de US$ 10 bilhões (R$ 52,18 bilhões) de Nova Deli, além de US$ 13 bilhões (R$ 67,84 bilhões) executados nos últimos cinco anos. Isso se compara com os mais de US$ 6 bilhões (R$ 31,31 bilhões) vendidos pelos EUA à Índia nos últimos seis anos.
A Índia tem vontade de modernizar sua frota de caças do período soviético, mostrando preocupação com as entregas da Rússia, que está em meio a uma operação militar especial com a Ucrânia. Ela também procura fabricar mais equipamento militar na Índia com as principais empreiteiras mundiais, antes de poder exportar sistemas avançados para o resto do mundo.
