Em um incremento da provocação norte-americana contra a China, o governo do presidente democrata, Joe Biden, anunciou um acordo de venda de armas da ordem de US$ 440 milhões para a província insular chinesa de Taiwan. O pacote inclui munições, peças de reposição e reparos, e também treinamento, oriundos do próprio estoque das forças armadas americanas. Além disso, o Congresso da principal potência imperialista do mundo aprovou mais US$ 1 bilhão em ajuda militar para os próximos cinco anos, sob o pretexto de impedir que Pequim ocupe o território do próprio país.
Várias estratégias de enfrentamento contra a China estão se desenvolvendo e radicalizando. Os pacotes de ajuda militar à província somam-se aos vários investimento em artefatos de longo alcance para Taiwan e que representam uma grave ameaça ao povo chinês.
O governo chinês, no entanto, criticou duramente o anúncio e através do porta-voz do Ministério da Defesa da China, coronel Tan Kefei, avisou que o conluio militar entre EUA a província chinesa representam “linha vermelha” nas relações entre os dois países. Em editorial do portal chinês em língua inglesa Global Times, os chineses acusaram os norte-americanos de estarem transformando “Taiwan um barril de pólvora” ao estimular o separatismo, “aumentando o perigo de um conflito no Estreito de Taiwan” (“Latest US plan to fund arms to Taiwan island, military aid further endanger peace in the Taiwan Straits“, Liu Xuanzun, 30/7/2023).
A origem do conflito entre o governo central de Pequim e a ilha de Taiwan remonta ao fim da Segunda Guerra Mundial. Com a proclamação da República Popular da China, em 1º de outubro de 1949, por Mao Tsé-Tung. O fantoche do imperialismo deposto à época, Chiang Kai-Chek, refugiou-se na ilha e antecipando o golpista venezuelano Juan Guiadó, proclamou a ilha de Formosa (Taiwan) como a República da China. Governada desde então, e até 2012, pelo Kuomintang. Ainda hoje, o governo Taiwan reclama ser a verdadeira China, sendo, no entanto, considerada uma província rebelde pelo governo da nação chinesa.
Desde o fim da Revolução de 1949, os EUA reconhecem formalmente o princípio da “uma só China”, por meio do qual, aceitam que Taiwan é parte do território chinês. Na prática, no entanto, a ilha tem sido sistematicamente usada pelo imperialismo para enfraquecer o governo central chinês. Em meio à crise da ditadura global liderada pelos EUA, a China foi elencada como a principal ameaça ao poderio imperialista, razão pela qual os países desenvolvidos impulsionaram uma agressiva campanha contra Pequim, o que inclui toda a agitação em torno de Taiwan.