No último sábado (3), os chefes de Defesa dos Estados Unidos, Japão e Coreia do Sul marcaram reunião em Cingapura sob pretexto de criar um alerta de mísseis norte-coreanos até o final deste ano de 2023. Evidentemente que o imperialismo busca ter uma presença maior no continente asiático para diminuir a influência chinesa e controlar a região.
Os esforços para criar um mecanismo para compartilhar dados de alerta de mísseis em tempo real até o fim do ano, se deram supostamente em virtude de uma tentativa fracassada da Coreia do Norte de lançar um satélite espião. O país asiático teria violado uma série de resoluções da ONU que o impede de realizar testes utilizando tecnologias para lançamento de mísseis balísticos.
Evidentemente, o governo norte-coreano não reconhece autoridade da ONU e ignora por completo as sanções desta instituição. Aqui é necessário esclarecer que não se trata da defesa da democracia e tampouco de combater ditaduras como o problema é apresentado pela imprensa ou nos fóruns internacionais. A ONU é uma instituição controlada pelo imperialismo que é utilizada para impor os interesses dos países do bloco aos demais.
Outro problema não menos importante, se trata do direito à soberania dos países pra determinarem ações próprias de defesa e desenvolvimento tecnológico de armas inclusive de natureza nuclear-atômica. O direito de autogoverno de um povo é inalienável, nenhum país deveria praticar ingerências nos assuntos internos de outros países.
É preciso esclarecer que a questão fundamental tem a ver com a influência e cooperação com a China, o Japão se encontra numa posição bastante vulnerável para exercer um domínio na região. Por outro lado, a presença dos Estados Unidos em Taiwan acirrou ainda mais as tensões, as forças militares chinesas promovem exercícios frequentes como preparação para enfrentamento real conforme anunciado pelo próprio governo.
Os Estados Unidos acumulam diversas derrotas nos últimos anos como foi no Afeganistão para o Talibã. Apesar do imperialismo se encontrar bastante enfraquecido, não se pode ter dúvida que, caso ecloda um conflito na região, apostarão todas as suas fichas como vem acontecendo na guerra da Ucrânia contra a Rússia. Mesmo diante de eminete derrota com cerca 150 mil ucranazis tirados de combate, continuam realizando aportes bilionários em armas.