“Estamos lidando com animais humanos”, foi com estas palavras que o ministro da Defesa de Israel, Yoav Gallant, definiu a nova ofensiva brutal do Estado de Israel contra a massacrada população Palestina.
A declaração veio junto ao pronunciamento de que “estamos impondo um cerco total à Gaza. Nem eletricidade, nem comida, nem água, nem gás, tudo bloqueado”, anunciando de forma casual um verdadeiro crime de gerra contra a população local.
As declarações dadas pelo ministro da Defesa israelense revelam, sem precisar acrescer nada, a verdadeira política nazista com que o Estado de Israel lida contra a população Palestina. Os 70 anos de genocídio contra o povo palestino são resumidos na forma com que pensa Yoav “estamos lidando com animais”. O povo palestino vem assim sendo tratado da mesma maneira com que o nazismo alemão tratava os judeus, mudaram apenas os alvos.
Após a grande investida do Hamas contra Israel na madrugada deste último sábado, a crise em torno do problema da Palestina ganhou proporções ainda maiores. A rebelião que tomou conta sobretudo da Faixa de Gaza, um verdadeiro gueto criado por Israel, atingiu proporções históricas, com a entrada do grupo palestino em áreas de Israel e com fortes confrontos armados. O estouro da crise afeta toda a região do oriente-médio, onde os palestinos vêm recebendo apoio declarado de importantes governos árabes como também do Irã e da Rússia.
A ação de tipo militar do Hamas agora vem sendo respondida por uma violência de enormes proporções por parte de Israel. Os sionistas passaram a bombardear áreas residenciais, assassinar civis em uma política de reduzir a pó a já devastada faixa de Gaza.
No entanto, a reação vem sendo realizada em maiores proporções. O Hamas, grupo classificado pelo imperialismo como “terrorista” tomou a frente da mobilização popular contra o Estado de Israel.
A crise também serviu para mostrar a verdadeira ditadura nazista imposta por Israel e o apoio total do imperialismo a este genocídio contra toda uma população. Além disso, a crise serve também para revelar o momento de fragilidade com que se encontra o imperialismo mundial, sobretudo o norte-americano.
Após a derrota dos Estados Unidos no Afeganistão, a ação militar russa na Ucrânia contra a OTAN e a rebelião em todo o norte da África contra o domínio francês, o imperialismo encontra-se com diversos focos de crise em todo o mundo.
Agora, no principal enclave do imperialismo no oriente-médio, o Estado de Israel, explode uma crise de proporções históricas que poderá levar a uma luta de grandes proporções contra o domínio do imperialismo na região e pelo fim do Estado de Israel.