Seymour Hersh, jornalista norte-americano, laureado com o prêmio Pulitzer, principal do jornalismo, denunciou que os explosivos que destruíram os gasodutos do Báltico foram plantados por mergulhadores da marinha norte-americana, durante um exercício da OTAN.
As bombas foram detonadas três meses depois por meio de um sinal enviado por sonar a partir de uma boia.
O jornalista descreve, inclusive, discussões que envolveram os preparativos para a sabotagem. A marinha propôs, primeiramente, fazer uso de um submarino para destruir diretamente os gasodutos. A força aérea, despejar bombas que seriam detonadas posteriormente. A CIA, serviço secreto dos EUA, disse que, qualquer que fosse a ação, deveria ser feita de maneira encoberta.
Alguns oficiais tentaram convencer a Casa Branca a abandonar o plano por completo, enquanto alguns membros da própria CIA e do Departamento de Estado afirmavam que o plano seria um ato de guerra.
A ideia por trás de tudo isso era a de que “enquanto a Europa continuasse a depender dos gasodutos para obter gás natural barato, Washington temia que países como a Alemanha continuariam relutantes em enviar as armas e o dinheiro de que a Ucrânia necessitava para derrotar a Rússia.”
A Rússia, por sua vez, declarou que as sabotagens aos gasodutos eram obra de terroristas e que o Estado que mais se beneficiava disso eram os Estados Unidos.
Hersh foi o jornalista que denunciou o massacre de Mỹ Lai, durante a guerra do Vietnã, o que lhe valeu o Prêmio Pulitzer em 1970. É admirável que hoje a imprensa internacional, a soldo da OTAN e dos EUA, fale em crimes de guerra praticados pela Rússia na ação contra a Ucrânia. O Massacre de Mỹ Lai foi uma das coisas mais hediondas que esse país já fez.
A título de exemplo, recomendo que leiam sobre o Massacre. Não é possível descrever tanta crueldade nas linhas que faltam, nem tenho estômago para isso.





