O PIG, Partido da Imprensa Golpista ataca novamente. Dessa vez, o Estadão não poupa adjetivos e pretensões relacionados ao atual governo e o Movimento dos Trabalhadores Sem Terra (MST) e sua maior liderança, Pedro Stédile. Atacada de forma virulenta pelo articulista do jornalão, a IV Feira Nacional da Reforma Agrária, que aconteceu em São Paulo entre os dias 11 e 14 de maio pelo MST, colocou a burguesia de cabelo em pé.
Caracterizado pelo autor do texto como “grupo invasor de propriedades alheias”, o MST fez um grande evento em torno da Feira. Segundo relatos, havia muita gente e muitas pessoas passaram pelo local para prestigiar a luta dos sem terra. De acordo com o site do MST, foram mais de 320 mil pessoas, mais de 560 toneladas de produtos, com 1700 feirantes oferecendo mais de 1730 tipos de produtos, foram mais de 80 mil refeições servidas do que o movimento chama de Culinária da Terra. Ou seja, uma atividade gigantesca, com 412 artistas ao longo dos quatro dias.
Para o Estadão, a IV Feira Nacional pela Reforma Agrária foi um ato político – o que de fato foi -, atos esse que deveria ser ampliado de forma vertiginosa. No entanto, para o PIG, “o evento foi de arrepiar os cabelos de todos os que se preocupam com o respeito à ordem jurídica, em particular ao direito de propriedade […] Ao fim e ao cabo, a feira foi pretexto para que o País inteiro visse que o MST conta com mais do que a simpatia da atual administração federal”. E segue afirmando que o movimento conta com Lula para afrontar a Constituição.
O cinismo do Estadão é gigante, a tentativa de emparedar o governo Lula é clara. Para o PIG, seria melhor que Lula virasse as costas para todos aqueles que foram fundamentais para que ele chegasse, pela terceira vez, à presidência – os movimentos populares – e fosse de encontro com a burguesia, que planeja cotidianamente como derrubá-lo. O articulista se indigna com a quantidade de pessoas ligadas ao governo que passaram pela feira e também por falas de Lula contra empresários do agronegócio.
Por outro lado, como já denunciado várias vezes por este Diário de que a frente ampla formada durante a campanha eleitoral seria uma frente com setores mais perniciosos da política nacional, o Estadão procura buscar aquele Lula que, segundo eles, seria “o líder de uma formidável frente ampla em defesa da democracia” afirmando que o atual presidente durante a campanha estaria fazendo “um personagem para posar de pacificador”. Como todo bom jornal burguês, cínico, o texto termina alertando Lula em relação às dificuldades de governar o País sem uma base no Congresso.
O governo tem enfrentado dia após dia ataques duríssimos da imprensa golpista ligada ao imperialismo. Esse movimento da imprensa mostra claramente uma ofensiva da burguesia contra o atual presidente. É preciso colocar o bloco na rua, organizar a militância, movimentos sociais e de luta por moradia e terra para trabalhar junto ao governo na busca por melhorias em relação ao salário, emprego, defesa das estatais, dos direitos dos trabalhadores em geral, afinal de contas foi por esses e outros motivos que a população elegeu o presidente Lula.