A escola que hoje é chamada de PEI (Programa Ensino Integral) existe na rede de ensino do Estado de São Paulo desde 2012. Segundo a lei, o aluno deve ter um acompanhamento integral, porém as escolas PEI visam diminuir o número de professores, pois as aulas são ministradas por áreas. Outro problema é que por se tratar de “projeto” não pode haver substituto e o professor que adoece acabará sendo retirado do programa.
A Resolução 44 da Secretaria Estadual de Educação, publicada no dia 10 de setembro, determina que todas as escolas que tenham ensino médio se integrem ao modelo. Longe de apresentar uma melhoria no ensino, a proposta irá piorar a situação já precária do ensino público em São Paulo.
As escolas de ensino integral não sofreram nenhuma reforma, e para debater minimamente as diretrizes desse tipo de educação seria preciso uma reformulação nas instituições de ensino. Hoje, a PEI é pura demagogia, pois são muitas horas na escola, cerca de 9 horas de permanência dos alunos, das 7h30 às 16h30 e também no período vespertino.
Sob Doria, escola em tempo integral atende só 50% da demanda
Todo esse período na escola é prejudicial para os alunos, pois vivem de casa para a escola e vice-versa, já estão sendo treinados para o mundo do trabalho, vivem alienados e sem perspectiva. As escolas de tempo integral deveriam primeiro ter estrutura, segundo diversos professores, projetos, biblioteca, laboratórios e gente qualificada para a função. Deveriam ser como as escolas regulares e ter substituto. Porém, como as escolas convencionais, não passa de um depósito de gente.
A proposta é um ataque gigantesco à categoria, que nos últimos anos, vem sofrendo com a política golpista de desmonte do ensino: salários defasados, superlotação de salas, fechamento de salas de aula, falta infraestrutura básica etc.
É preciso mobilizar os professores contra esse projeto e os demais ataques promovidos pelo governo estadual em conluio com o governo golpista federal de Jair Bolsonaro. É preciso sair às ruas, aprovar a greve da categoria contra o governo Tarcísio e o secretário Feder.