De volta ao normal?

Erros do VAR contra brasileiros na 1ª rodada da Libertadores

Os lances mostram a possibilidade de a Libertadores, comandada pela Conmebol, estar voltando às raízes, quando prejudicava, ano sim, ano sim, os clubes brasileiros

Os times brasileiros não se saíram bem na primeira rodada da Libertadores. Enquanto os badalados Flamengo, Palmeiras e Atlético Mineiro perderam suas respectivas partidas, Athletico Paranaense e Internacional empataram. Dos sete clubes nacionais que disputam a competição — visto que o 8º, Fortaleza, caiu na pré-Libertadores — apenas Fluminense e Corinthians venceram suas disputas.

Nesta semana, no entanto, o perfil VAR Check Brasil, do Twitter, reuniu alguns erros de arbitragem contra clubes brasileiros na primeira rodada da Libertadores.

Começando com o Palmeiras, que, com time reserva, perdeu de 3 × 1 para o Bolívar, da Bolívia. Quando o jogo estava 2 × 1 para o clube boliviano, um atleta do Bolívar realizou uma violenta falta, um “carrinho em lance temerário”, como diz o perfil VAR Check Brasil, contra o lateral direito Mayke, do Palmeiras.

Os dois times já estava com um jogador a menos, mas o lance deveria ter acarretado a expulsão da mais um jogador do clube boliviano. Mesmo com o VAR, a arbitragem nada marcou. Mayke, por sua vez, teve de sair de campo. Depois, o jogador do Alviverde foi diagnosticado com entorse no tornozelo direito.

O técnico palmeirense, Abel Ferreira, criticou a arbitragem. “O árbitro foi tão rigoroso nos primeiros minutos, todas as faltas que meus jogadores faziam ele marcava. E foi isso que disse ao árbitro assistente. Foi tão rigoroso nos primeiros minutos que estava à espera que ia marcar mais, mas não teve o mesmo critério. Se estou na frente do Jailson [expulso de forma duvidosa no final do primeiro tempo], que não deu para ver se bateu na mão e mesmo assim deu vermelho, deveria ter feito isso no lance do Mayke”, comentou à imprensa.

“Peço que ele vá ver como está o pé do Mayke. Há vários fatores que justificam, um jogo de muitos acontecimentos aleatórios e houve demérito nosso. O adversário teve seu mérito, não teve nada a ver com o terceiro elemento, uma arbitragem tão ruim”, continuou.

Além disso, houve ainda o pênalti não marcado a favor do Atlético-MG na partida disputada contra o Libertad, do Paraguai, em que o clube paraguaio venceu por 1 × 0. Uma bola cruzada bate no braço de dois jogadores do Libertad dentro da área, mas o VAR não marca pênalti. 

Há diversos argumentos para afirmar que não foi pênalti: os jogadores estavam realizando movimento de recolhimento dos braços, a bola bate antes na coxa de um jogador do Atlético, dentre outras ladainhas. Fica difícil saber se, pelo regulamento atual, o lance é, ou não, pênalti. No entanto, isso ocorre porque o regulamento da FIFA não estabelece regras claras e objetivas, ficando tudo à mercê da “interpretação” (como sabemos, no futebol, quem pagar mais, terá a “interpretação” a favor).

Para finalizar, o Fluminense, mesmo tenho ganhado de 3 × 1 do Sporting Cristal, do Peru, também foi prejudicado pela arbitragem. O atacante tricolor, German Cano, é claramente puxado e derrubado na área, mas nada é marcado.

Os lances mostram a possibilidade de a Libertadores, comandada pela Conmebol, estar voltando às raízes, quando prejudicava, ano sim, ano sim, os clubes brasileiros, para facilitar a competição — principalmente para os argentinos, com a federação mais vitoriosa da competição.

Após quatro anos consecutivos de campeões brasileiros (Flamengo, 2019 e 2022; Palmeiras, 2020 e 2021), essa possibilidade fica ainda mais plausível. Muitos jornalistas independentes, no início do ano, comentaram que a Conmebol não deixaria um clube brasileiro ser campeão novamente. Parece que é isto… veremos.

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