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Marcelo Marcelino

Membro Auditoria Cidadã da Dívida Pública (ACD) nacional, sociólogo, economista e cientista político, pesquisador do Núcleo de Estudos Paranaenses – análise sociológica das famílias históricas da classe dominante do Brasil e membro do Partido da Causa Operária – Curitiba.

A POLÍTICA DE ERDOGAN

Erdogan mantém equilíbrio delicado entre OTAN e BRICS

A política do presidente da Turquia Erdogan não agrada o imperialismo já de longa data e mesmo não aderindo ao consórcio sino-russo pode ser o contrapeso na geopolítica mundial

Desde o início da guerra russo-ucraniana, o presidente turco Recep Tayyip Erdoğan tem balanceado sua política no que ele chama de “abordagem equilibrada” entre Moscou e Kiev, postura que possibilitou a Turquia de se tornar um ator fundamental durante o conflito, não só regionalmente, mas globalmente (AL JAZEERA, 2022). Não pelo acaso, a citada guerra ressaltou a importância estratégica da Turquia no tabuleiro geopolítico global, haja vista o controle que o país exerce junto ao estreito de Bósforo e do estreito de Dardanelos.

Com o objetivo de evitar uma crise alimentar global, Erdoğan aproveitou-se da localização estratégica da Turquia e intermediou o acordo de grãos, assinado por Moscou e Kiev em meio a guerra. Segundo Ulgen (2022), diretor da EDAM[2], a capacidade de reunir os Ministros das Relações Exteriores russos e ucranianos e mediar um acordo para tirar os grãos ucranianos e russos do mar Negro valida a abordagem equilibrada da Turquia em relação aos dois países. Ulgen (2022) também afirma que a Turquia tem sido pró-Ucrânia sem ser anti-Rússia e que as autoridades turcas também estão cientes da linha tênue que existe entre não implementar sanções e de proporcionar a percepção global de que o país ajuda a Rússia.

Entretanto, a OTAN não está satisfeita com esse posicionamento. Para Ivo Daalder, ex-embaixador dos Estados Unidos da América junto à OTAN, Erdoğan descobriu uma maneira de jogar o seu jogo, mas está fazendo isso às custas de uma aliança que é a chave para sua própria segurança. Daalder (2022) afirmou também que o presidente turco está mantendo todas as suas opções abertas e que essa é a tendência dos países que pensam apenas em seu próprio interesse, postura diferente da proposta da OTAN, que é pensar e atuar em prol do coletivo.

Devido a isso, os países ocidentais estão ficando alarmados com o aprofundamento dos laços entre Erdoğan e Vladimir Putin, postura que eleva o nível de tensão entre os países da OTAN, pois aumenta a possibilidade de haver uma retaliação punitiva contra um de seus membros.

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