Nesse domingo (28), terminou o segundo turno da eleição presidencial na Turquia, com a vitória do atual presidente Recep Tayyip Erdoğan. Ele recebeu mais de 52% dos votos, superando o adversário Kilicdaroglu, que obteve cerca de 47%, segundo dados divulgados pelo Conselho Superior Eleitoral da Turquia.
A pressão do imperialismo durante toda a eleição não foi suficiente para derrotar Erdogan. Embora a imprensa internacional pró-imperialista apresente a Turquia como um país dividido após o resultado, a vitória de Erdogan foi relativamente tranquila.
Não há dúvida, porém, que a ação do imperialismo visa agora aprofundar uma divisão do país, com o fracasso da tentativa de derrotar Erdogan pela eleição.
A situação do imperialismo na Turquia, no entanto, não é fácil. Erdogan se aproxima cada vez mais da Rússia. A tentativa de golpe fracassado contra ele em 2016 acabou fortalecendo suas posições nas forças armadas e uma política mais independente em relação ao imperialismo.
Tudo isso se agrava, pois a Turquia é um membro estratégico da OTAN. A proximidade com a Rússia é uma demonstração da enorme crise do imperialismo no Oriente-Médio.
A vitória de Erdogan é mais uma derrota do imperialismo na região e no mundo todo. O resultado da eleição deve fortalecer as relações da Turquia com a Rússia, Irã e China.
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