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Política

Embate em Portugal mostra a tendência à polarização no Brasil

Extrema-direita, ao apoiar a Ucrânia, faz cair por terra sua demagogia antissistema. Mostram que não são nada além de cães raivosos do imperialismo

O presidente Lula esteve em Portugal para tratar de assuntos de Estado dos dias 21 a 25 deste mês. Na terça-feira (25), no último dia de sua visita, enfrentou protestos organizados pela direita e pela extrema-direita lusitana. Dentro da Assembleia da República da Portugal, parlamentares do Chega (partido de extrema-direita) e do Iniciativa Liberal (partido de direita) protestaram levantando cartazes com os dizeres “Chega de Corrupção” e “Lugar de Ladrão é no Brasil”. Ademais, levaram bandeiras da Ucrânia.

Nas imediações do parlamento, a extrema-direita também realizou seus protestos, seguindo mesmo padrão: palavras de ordem contra a corrupção e bandeiras da Ucrânia.

A esquerda lusitana também esteve presente, em apoio ao presidente Lula, embora em menor número.

Lula foi à Assembleia para participar de uma sessão oficial em comemoração à Revolução dos Cravos, que pôs fim à ditadura fascista do Estado Novo português. Contudo, diante dos protestos da direita e da extrema-direita, a participação do presidente na sessão oficial foi cancelada e ele participou de uma sessão solene exclusiva, em homenagem à data.

Os protestos organizados pela extrema-direita e pela direita contra o presidente Lula pela ocasião de sua visita a Portugal demonstram que, apesar de sua vitória eleitoral, a polarização política nacional e internacional não se arrefeceu. Pelo contrário, ela vem se acentuando. Inclusive a polarização em torno da própria figura de Lula.

Enquanto muitos ainda podem achar que o presidente seja alguém que poderia dar um basta à polarização, toda sua política vem caminhando em sentido contrário, em especial sua política externa, a qual vem assumindo uma natureza cada vez mais conflituosa com o imperialismo. Da mesma forma, vem caindo por terra a tese de analistas da esquerda pequeno-burguesa de que Lula seria um serviçal dos Estados Unidos e da potências europeias.

Sua posição a respeito da Guerra na Ucrânia assume um importante destaque na presente situação política internacional. Lula prima pela paz. O imperialismo não quer a paz, quer prolongar a guerra o máximo possível, a fim de desestabilizar a Rússia, criando as condições para uma mudança de regime, ou mesmo uma fragmentação do gigante do leste europeu. O imperialismo acusa a Rússia de ser o agressor. Lula, por sua vez, diz explicitamente que os EUA e a Europa Ocidental precisam parar de incentivar a guerra.

Os recentes protestos da extrema-direita contra Lula em Portugal é mais um episódio que serve para confirmar que o presidente leva adiante uma política de conflito com as potências imperialistas.

A respeito da polarização: o pequeno burguês, sentimental que é, fica assustado com ela, torce o nariz para ela, rejeita-a. Contudo, esse tipo de situação mostra o quão importante ela é para o esclarecimento dos campos em conflito, para a educação política dos trabalhadores.

A extrema-direita, apesar de toda sua demagogia “antiglobalista”, é a mais ardorosa e violenta defensora dos interesses dos “globalistas” (leia-se imperialistas) na Ucrânia. Onde quer que vá, em qualquer país do mundo, haverá um “antiglobalista” de extrema-direita ostentando uma bandeira da Ucrânia.

Assim, a polarização é fundamental para desmascarar esses demagogos que fingem ser contra o “status quo“. E, no que diz respeito a líderes políticos, Lula está sendo uma das principais fontes de polarização entre os países oprimidos e o imperialismo, no atual momento. Logo, suas posições estão incentivando a polarização entre o imperialismo e o proletariado mundial.

Dito isto, é preciso que a esquerda, brasileira e internacional, cerre fileiras junto ao presidente Lula quando ele assumir posições de conflito com o imperialismo, e se mobilize para estimular que essas posições sejam aprofundadas, e para defendê-lo contra as eventuais investidas imperialistas. Afinal, suas posições tendem a levá-lo a um conflito aberto, do qual só poderá sair vitorioso com o apoio unificado da classe operária mundial.

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