O embaixador polonês na Ucrânia, Bartosz Cichocki, criticou o governo Volodymyr Zelensky por erguer monumentos para criminosos de guerra, como o notório colaborador nazista em Kiev, Stepan Bandera, uma fonte de “dor real” na Polônia, segundo suas palavras.“Você diz que a guerra não é o melhor momento para lidar com os mortos”, disse o embaixador em entrevista ao escritório ucraniano da rede britânica de propaganda imperialista BBC, “mas posso responder: a guerra também não é o melhor momento para erguer monumentos a criminosos e nomear ruas em homenagem a eles”, disse. O embaixador faz referência ao projeto em andamento no qual várias cidades foram renomeadas em homenagem a Bandera.
O líder da OUN foi homenageado com monumentos e estátuas, incluindo uma em tamanho real, com mais de 2 metros, na cidade ucraniana ocidental de Lviv.
Estima-se que entre 40.000 e 100.000 poloneses tenha sido brutalmente assassinados entre 1943 e 1944 nas regiões do oeste da Ucrânia e leste da Polônia, também conhecidas como Volhynia e Galiza. O Massacre de Volyn, como toda a campanha de limpeza étnica se tornou conhecida, foi realizado pela UPA, uma ala paramilitar da Organização Nazista de Nacionalistas Ucranianos (OUN), liderada na época por Stepan Bandera, que hoje é comemorado por muitos ucranianos como um herói nacional.