Escrevo essa coluna aposso o encerramento do primeiro dia da Conferência Internacional de Roma, em defesa da mas e contra a política do imperialismo de guerra e destruição que, neste momento, leva à morte milhares de pessoas em Gaza, na Ucrânia etc. mas que também mata, fora dos campos de batalha milhões de fome e na miséria, em meio a uma crise histórica do capitalismo que, há muito, não é capaz de sequer alimentar e manter vivos seus escravos e, por isso, merece perecer e vai perecer.
Na Conferência, tenho a honra de representar o PCO, que no Brasil e no Mundo, mostra enorme clareza da situação de conjunto, com base na análise materialista do
desenvolvimento da luta de classes, marxista, não se deixando levar pelas ondas reacionárias impulsionadas pela direita, pelo imperialismo entre amplas parcelas da esquerda (como o identitarismo, o eleitoralismo, as ilusões no regime “democrático” dos banqueiros e dos monopólios da industria armamentista etc.).
A Conferência com cerca de 150 participantes, de mais de 30 países de 50 organizações participantes é um passo pequeno, com limitações, mas depois de décadas de militância é notório que a situação politica, a reação das massas populares dos povos oprimidos pelo imperialismo, começa a produzir uma positiva pressão sobre setores da esquerda para que atuem com uma perspectiva revolucionária de impulsionar a mobilização dos trabalhadores e demais setores explorados, esteja onde estiver essa luta, não importando – em um primeiro momento – quem dirige tais lutas – mas o sentido histórico, revolucionário que tem na etapa atual o enfrentamento que se desenvolve com o imperialismo.
São impressões iniciais, mas que permitem perceber uma evolução incipiente entre setores muito heterogêneos da esquerda que aqui se encontram e que encaram a situação de uma forma concreta, ainda que possam ter limitações (de certa forma normais na etapa atual) para ter uma política mais objetiva diante da luta de enorme envergadura que temos pela frente com a crescente perda de autoridade do imperialismo e seus capachos, como o estado sionista e genocida de Israel e o governo submisso e fascista da Ucrânia, dentre outros.
Como assinala a Declaração que distribuímos hoje aqui na conferência, “O enfraquecimento do imperialismo é sinônimo do enfraquecimento do capitalismo internacional. No Brasil como em todos outros países semi-coloniais e coloniais, o enfraquecimento dos EUA é o enfraquecimento de toda a burguesia. A crise na periferia tornar-se-á uma crise nos centros do capitalismo. A hora do proletariado está por vir, a esperança de um mundo sem senhores e impérios e de paz, é possível, está batendo à porta“.
Neste sábado, aqui nas ruas de Roma, estaremos realizando um ato e saindo às ruas na defesa da luta do povo palestino, repetindo o que nós e boa parte da esquerda
mundial, principalmente os que não caem na armação da direita imperialista de condenar as vítimas de seus ataques como “terroristas”, “agressores” etc.
Muito além de um ato demonstrativo, sem maiores consequências que parte da esquerda se acostumou a fazer, seja um sinal dos novos tempos da grande luta que temos pela frente e da posição independente da burguesia imperialista que a esquerda revolucionária e classista precisa adotar em todo o mundo para superar a etapa de retrocessos pela qual passamos e abrir caminho para um nova e gigantesca etapa em que o imperialismo seja derrotado de forma cabal, para que triunfem os povos oprimidos e classe operária, por meio da revolução e do socialismo.