A reação desproporcional e o massacre do povo palestino praticado pelo Estado de Israel segue na Faixa de Gaza e em outras regiões como a Cisjordânia e o leste de Jerusalem. O número de prisioneiros sob custódia dos fascistas do Oriente Médio dobrou em duas semanas.
Antes da ofensiva palestina, o Estado de Israel mantinha como prisioneiros cerca de 5200 palestinos, a estimativa agora é de mais de dez mil. As condições e o tratamento sofrido por esses prisioneiros são as piores possíveis.
Cerca de quatro mil trabalhadores residentes na Faixa de Gaza e que trabalham em Israel foram presos e em sua maioria estão mantidos em uma base militar no sul do deserto de Naqab.
Sahar Francis, líder do grupo Addameer, que cuida dos direitos dos prisioneiros palestinos declarou que “as prisões ocorrem 24 horas por dia”. Porém, cerca de mil e setenta delas foram realizadas nos chamados ataques noturnos promovidos pelas forças israelenses.
O modo como esses ataques são realizados possuem enormes similaridades com aqueles sofridos pelos judeus na Segunda Guerra Mundial feitos pela SS nazista: Soldados mascarados, invadem as casas dos palestinos durante a madrugada, agridem famílias, fotografam os que julgam suspeitos, alguns deles são presos e outros assassinados. A diferença é que a SS não usava máscara e não tirava fotos.
Após as prisões, os palestinos passam pelos mais variados tipos de violência e humilhações: tortura física e psicológica, fome, sede e a recusa no atendimento de doentes crônicos.
Sobre as condições dos prisioneiros, Qadura Fares, membro da Autoridade Palestina para a questão dos detidos afirmou: “Muitos dos presos tiveram membros, mãos e pernas quebrados”, ofendidos com “expressões degradantes e insultuosas, insultos, xingamentos”, mantidos presos “ com algemas nas costas e apertando-os na ponta a ponto de causar fortes dores… nus”. “Todo mundo que é preso é agredido”, concluiu.
De acordo com o grupo Addameer, os prisioneiros não mantêm contato com familiares e são privados de acesso a itens de higiene e alimentação. Além disso, o Knesset, parlamento israelense, aprovou uma medida que pretende diminuir o espaço ocupado por cada detento, que anteriormente era de 3,5 metros quadrados. A previsão é o aumento do número de prisioneiros.
Outros grupos de defesa do direito civil dos palestinos, apelaram à Cruz Vermelha para que visite e trabalhe para a melhora das condições dos prisioneiros. Obviamente o apelo nem foi e dificilmente será atendido. “Eles dizem que estão tentando, mas Israel os impede, mas isso não é desculpa. Muito tempo se passou.” Disse Sahar Francis.
Para questão dos direitos jurídicos dos palestinos, Israel alterou a lei para que possa assim deter mais pessoas por critérios ainda mais abitrários, criando a lei do “combatente ilegal”, permitindo com que pessoas sejam detidas sem mandato ou qualquer outra formalidade jurídica.
A imprensa imperialista e sionista procura sempre equivaler a resistência palestina e o massacre levado adiante pelo Estado de Israel, mesmo que não se leve em conta o passado do martírio palestino, o que já é uma grande desonestidade, ainda temos uma relação de forças totalmente desproporcional. Todo o povo oprimido do mundo deve apoiar incondicionalmente a ação liderada pelo Hamas e outras organizações contra os fascistas israelenses.