Durante a conferência anual de embaixadores organizada na segunda-feira (28) no Palácio do Eliseu, na França, Emmanuel Macron, presidente francês, defendeu a manutenção do embaixador de seu país em Niamey, capital do Níger, enquanto os franceses não reconhecem a tomada do poder pelos militares.
Na ocasião, Macron negou qualquer “paternalismo”, bem como qualquer “fraqueza” por parte da França na África perante o que ele chama de uma “epidemia de golpes de estado em todo o Sahel”. “Nem paternalismo, nem fraqueza, porque senão não estamos em lado nenhum”, disse.
Referindo-se aos golpes militares que ocorreram sucessivamente no Mali, Burquina Fasso, Guiné e, então, no Níger, o chefe do Executivo francês afirmou que “a fraqueza que alguns demonstrara em relação aos golpes anteriores alimentou vocações regionais”.
“Apelo a todos os Estados da região para que tenham uma política responsável”, insistiu, pedindo que “apoiem a ação diplomática e, quando ela se tornar militar, da CEDEAO [Comunidade Econômica dos Estados da África Ocidental] numa abordagem de parceria”.