Muitos leitores, em especial os não adeptos ao jornalismo revolucionário e nacionalista da Causa Operária, pode até classificar como repetitivo artigos relacionados ao atacante brasileiro que atua no PSG, Neymar Jr. Pois bem, o papel de uma mídia revolucionária, comunista e socialista, é justamente denunciar e contrapor todo ataque da imprensa golpista à serviço do imperialismo estadunidense e europeu. Se, por um lado, este jornal dedica parte de seu tempo para constatar toda perseguição ao futebol brasileiro tendo como bode expiatório seu principal futebolista, pelo outro, setores da grande mídia fazem o inverso e intensificam uma campanha de calunia e difamação contra o principal jogador do futebol em atualidade, e o dever do DCO é justamente combater quem quer elitizar o esporte mais popular do Brasil e do Planeta, que pertence a classe operária.
Após inúmeras perseguições recentes contra sua vida privada, Neymar concedeu uma entrevista ao Canal Bandsports antes de um leilão beneficente promovido por ele, algo que a imprensa acoberta e não destaca todo seu apoio aos cidadãos desamparados pelo estado e todo o sistema capitalista. Na entrevista, reproduzida em matéria pelo site da CNN Brasil, o camisa 10 do PSG e da seleção nacional, denunciou toda a falácia do imperialismo europeu no futebol internacional, demostrou toda sua indignação com os ataques à sua vida privada, e não fugiu da guerra travada pelo o que de pior há do sistema capitalista que lançou o tal do “futebol moderno”. Esperar que a grande mídia interprete cada denuncia e entrevista do craque brasileiro é demais, porém, surpreende como as alternativas dita “progressistas” não são capazes de entender e compreender o que está em jogo e o que Neymar denuncia.
“Nunca fugi de cobrança nenhuma. Muito pelo contrário. Sempre bati no peito e falei: ‘podem me cobrar’. Sei do meu talento. O futebol não é individual. Se fosse, eu com certeza já teria alcançado todos os meus objetivos. Mas ele não é. Obviamente que a cobrança é muito grande em cima do meu nome. Tanto dentro quanto fora do campo. Às vezes eu não concordo com muitas críticas porque é minha vida pessoal e eu faço o que eu quiser. Dentro de campo pode falar à vontade.”
Tal declaração gerou revoltas de apresentadores como o craque Neto, do programa “Donos da Bola” da TV Band, que classificou Neymar como “traíra”, assim como na maioria dos setores do jornalismo esportivo brasileiro, vira-latas e capachos do imperialismo futebolístico europeu. Talvez esta resposta dada ao Canal Bandsports acertou o rim de quem o persegue, entenderam o recado e ficaram sem argumento para contrapor o atacante brasileiro. Esta fala refere-se às conquistas valorizadas por poucos, e às frustrações intensificada por muitos, como se ele fosse culpado de seu time ou seleção não vencer uma competição, e apenas mais um quando tais conquistas se concretizam. Sobre a Bola de Ouro, Neymar já demostrou toda sua indiferença, que tem irritado seus idealizadores e seguidores. Claro que a entrevista tem um teor ainda mais complexa, e em poucas palavras, o Menino Ney deixou claro que o jardim de infância está na contramão de como ele enxerga o futebol.
“A vida de um jogador de futebol é muito dinâmica. Obviamente, eu tenho o sonho de voltar a jogar no Brasil, tenho o sonho de voltar a jogar no Santos. Espero que isso possa acontecer um dia. O futebol é uma caixinha de surpresas”
O maior jogador de futebol nos últimos anos ainda encerra a entrevista valorizando o futebol sul-americano e brasileiro, sobretudo o time que o revelou, o Santos Futebol Clube, bicampeão mundial e que abrigou o maior time de todos os tempos, o elenco da década de 60, assim como teve o maior e melhor jogador de todos os tempos, o Rei Pelé. Esta entrevista à Bandsports mais uma vez confirmou que Neymar está ciente dos ataques que tem sofrido e o motivo dos mesmos; sabe que há algo maior, que não é apenas ódio e perseguição pessoal, é contra o futebol brasileiro e sul-americano.
