Leia abaixo um dos textos impressos no panfleto da AJR para a 59ª edição do Congresso Nacional da União Nacional dos Estudantes (CONUNE):
A esquerda que ataca o governo Lula, utilizando de pretexto o arcabouço fiscal, afirmando ser um “novo teto de gastos”, se engaja em uma falcatrua golpista. É uma repetição da mesma política dessa esquerda contra Dilma Rousseff em 2016. Passados seis anos do golpe, todos já sabem qual foi o seu resultado. PCB, UP, MRT, PSTU e PSOL, que buscam comparar o arcabouço ao teto, não têm qualquer compromisso com os trabalhadores ou com a verdade. O que fazem é o equivalente a dizer que o pequeno aumento no salário mínimo é uma medida para esmagar a classe operária, e não uma contingência fruto da paralisia do movimento operário e do verdadeiro cerco que sofre Lula em seu próprio governo.
Ao invés de demonstrar a insuficiência da medida e atacar aqueles que restringem a margem de ação do presidente eleito, jogam tudo nas costas de Lula. Mão criticam o STF, o Congresso, nem as Forças Armadas.
E não é só isso. A esquerda golpista está ainda vinculando o arcabouço fiscal ao marco temporal, uma medida que nada tem a ver com Lula, que foi aprovada pelo Congresso contra os interesses do governo. Em inúmeras oportunidades, Lula se colocou contra o marco temporal. Trata-se, portanto, de uma calúnia de uma esquerda que, de tão desesperada para pedir a derrubada do governo, começou a mentir descaradamente para a população.
Esse setor da esquerda se comporta como um verdadeiro agente infiltrado do imperialismo, uma ponta de lança para jogar na defensiva o movimento operário e a esquerda de fato, para que não ajam diante da ofensiva da burguesia, que já declarou guerra ao governo. Buscam repetir 2016 e, novamente, estão repetindo a mesma política do imperialismo.
Dentro disso, o pretenso ambientalismo já é usado para atacar um dos maiores patrimônios do povo brasileiro, a Petrobrás. Os “eco-socialistas” se unem à Shell, Total e Exxon Mobil para impedir o Brasil de acessar seus próprios recursos e riquezas. É preciso empreender uma campanha decisiva contra o golpismo infiltrado na esquerda. Mobilizar os setores estudantis e operários por um governo dos trabalhadores, sem golpistas, sejam eles supostamente de esquerda ou abertamente de direita.