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"Deu no New York Times"

Eles querem fazer em Gaza o que fizeram em Hiroxima e Nagasaqui

Imprensa imperialista parece compreender o perigo político do apoio ao genocídio na Faixa de Gaza e expõe brutalidade do pensamento sionista.

Genocídio cometido por Israel na Faixa de Gaza é uma fonte de crise para governos ao redor do planeta. Conforme imagens, relatos e dados furam o bloqueio israelense e chegam ao amplo público ficam cada vez mais expostos aqueles que ou apoiam Israel, ou que se escondem em posições “neutras”. Um dos porta-vozes do imperialismo norte-americano, o New York Times, trouxe nesta segunda-feira um artigo intitulado “O apoio de Biden a Israel agora vem com palavras de cautela”.

O artigo assinado por Michael D. Shear, David E. Sanger e Edward Wong traz supostas conversas de bastidores entre figuras dos governos norte-americano e israelense. Os relatos dão conta de que o tom agressivo do governo Biden tem se enfraquecendo desde o início da monstruosa ofensiva sionista contra a população civil na Faixa de Gaza. O que a opinião pública do seu país chama de “crise humanitária”. Biden foi bem enfático no seu apoio irrestrito a Israel e foi atrás de uma ajuda bilionária para ajudar os sionistas a bombardear gente desarmada.

Uma coisa que chama atenção é como figuras nefastas como o secretário de Estado norte-americano Antony Blinken parecem até humanitários quando contrastados com os sionistas. O artigo do New York Times destaca que há uma semana Blinken teve que declarar na ONU que “as pausas humanitárias devem ser consideradas”. Ou seja, que o mínimo de “humanismo” aconteça durante massacre na Palestina. Que a população possa receber recursos básicos para sua sobrevivência, como água, alimentos e remédios. E para a surpresa apenas de quem não conhece os sionistas, Israel negou o pedido.

Apesar de toda a manipulação imposta pelo poderoso aparato da imprensa imperialista, mais de oito mil pessoas mortas, a maioria crianças e mulheres, não é algo que pode passar desapercebido. O Capitólio em Washington já foi palco de mais de uma grande manifestação contra o apoio do governo Biden a esse massacre covarde.

O artigo dá conta de que o governo norte-americano espera conseguir maior apoio entre os países árabes, sob os quais mantém importante controle. Importante, porém não absoluto. Se populações nas Américas e na Europa se revoltam com o que acontece na Palestina, imaginem como estão aquelas que vivem ao lado e que compartilham profundos laços culturais com o povo que está sendo morto aos milhares. Ao mesmo tempo, dá a entender que os representantes do governo norte-americano têm se mostrado surpresos com o nível da brutalidade dos israelenses.

Um trecho do artigo merece ser reproduzido para se ter uma ideia do nível das conversas entre representantes norte-americanos e israelenses:

“Tornou-se evidente para as autoridades norte-americanas que os líderes israelitas acreditavam que as baixas civis em massa eram um preço aceitável na campanha militar. Em conversas privadas com homólogos americanos, as autoridades israelenses referiram-se à forma como os Estados Unidos e outras potências aliadas recorreram a bombardeios devastadores na Alemanha e no Japão durante a Segunda Guerra Mundial – incluindo o lançamento das duas ogivas atômicas em Hiroshima e Nagasaki – para tentar derrotar aqueles países”.

Se os relatos são precisos ou não, o artigo evidencia dois fatos fundamentais na situação política. O primeiro é que os sionistas que comandam Israel não ficam devendo em nada aos piores fascistas da história, como os diversos comandantes militares do imperialismo norte-americano e britânico ou o próprio Adolf Hitler. O segundo é que até a imprensa imperialista parece estar aconselhando o governo Biden a descolar sua imagem das monstruosidades que estão sendo cometidas por Israel contra o povo palestino.

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