O resultado do primeiro turno da eleição para o representante dos trabalhadores no Conselho de Administração da Caixa Econômica Federal não deixam dúvidas que uma ampla ala dos setores direitistas optaram em apoiar o candidato Antônio Messias, representante da CTB/Contec, que obteve 8.059 votos (34,94%) no primeiro turno mas, que graças à este apoio direitista, conseguiu suplantar, por uma margem pequena de votos, o candidato da ala Cutista, Eduardo Nunes, que obteve 7.254 votos (31,45%).
Deste modo o candidato, Messias, vai para a disputa no segundo turno com o apoio daqueles que defendem a privatização da Caixa, que apoiaram todas as reformas do famigerado governo golpista de Michel Temer (fim da CLT e da aposentadoria, terceirização, teto dos gastos); que apoiaram e apoiam a “independência” do Banco Central cujo o objetivo é favorecer os banqueiros nacionais e internacionais, etc.
A eleição do representante para o Conselho de Administração acontece num momento de uma enorme crise política e econômica, com a intensificação de diversas operações da direita golpista para tentar bloquear as medidas que o governo Lula tenta implementar (aumento do salário mínimo, redução da taxa de juros do BC; reestatização da Eletrobrás, revogação da lei de teto dos gastos, revogação da reforma trabalhista, dentre outras).
A eleição, nesse sentido, tem uma importância política fundamental em utilizar esse momento para que o governo, eleito com o apoio das principais organizações de luta da classe trabalhadora, possa ter esse mesmo apoio dos bancários da Caixa e derrotar o representante apoiado pela ala direita da Caixa para o Conselho Administrativo.
Os bancários são uma categoria fundamental em um regime dominado pelos tubarões do sistema financeiro e precisam ter um papel de destaque na luta contra a política reacionária da direita pró-imperialista, que quer enfraquecer o governo para cassar os direitos democráticos da maioria da população, impor um regime de repressão contra os trabalhadores e suas organizações, avançando na privatização e destruição dos bancos públicos e demais estatais que restaram da “privataria” tucana de FHC e aprofundando os ataques contra os trabalhadores com as suas políticas de arrocho salarial, terceirizações e demissões.
A Corrente Sindical Nacional Causa Operária, Bancários em Luta, tem participado ativamente da luta na defesa democrática dos trabalhadores e seus direitos contra a ofensiva, via reacionário Congresso Nacional, liderado pelo presidente da Câmara, o deputado bolsonarista Arthur Lira (PP), e sempre estive – desde os primeiros momentos – na linha de frente da denúncias das operações golpistas desde 2016 com a derrubada da presidenta, eleita democraticamente, Dilma Rousseff, na farsa do impeachment no Congresso Nacional, na ilegal prisão de Luiz Inácio Lula da Silva, cujo o objetivo foi tirá-lo da eleição para abrir o caminho para a vitória do candidato da burguesia, Jair Messias Bolsonaro que, devido as suas medidas de aprofundamento da política econômica neoliberal, levou o País a retroceder mais de 20 anos, com o aumento da miséria, desemprego, desindustrialização, etc.
Mas a ofensiva da direita não foi ainda derrotada, pelo contrário se aprofunda (vide o ato de 8 de janeiro) ao ponto em que as ilusões de não haver risco de mais um golpe de Estado no Brasil (como buscam iludir setores que apoiam o candidato Antônio Messias) estão fora de questão.
A direita já deu mostras, conforme o resultado do primeiro turno, que está disposta até mesmo a apoiar candidatos que se dizem de esquerda, mas tão à gosto dos patrões.
Os bancários da Caixa Econômica Federal estão diante de um momento decisivo e, para tal, os trabalhadores da Caixa não poder comprar “gato por lebre” e votar naquele candidato que efetivamente represente os interesses do funcionalismo para ser o Conselheiro Administrativo da empresa e para derrotar os planos da direita golpista dentro do banco.
