Georgy Borisenko, diplomata russo, acaba de anunciar a candidatura oficial do Egito para se juntar aos BRICs.
Formados por países que apresentaram as maiores taxas de crescimento nos últimos anos, os BRICS são de grande importância para a economia mundial e para uma maior inserção dos países atrasados no cenário internacional.
“O Egito apresentou sua candidatura para ingressar no grupo BRICS porque uma das iniciativas que os países BRICS estão fazendo agora é maximizar a conversão do comércio em moedas alternativas, seja sua própria moeda ou estabeleça uma moeda comum. O Egito está muito interessado nisso”, disse o diplomata segundo a imprensa russa.
Anteriormente, Ashraf Patel, pesquisador sênior do Institute for Global Dialogue e membro da rede de think tanks do BRICS na África do Sul, disse em entrevista, que a proposta de moeda de reserva do BRICS poderia garantir a estabilidade econômica global e proteger os países das sanções ocidentais e do impacto financeiro de crises.
“O Egito é um dos países de crescimento mais rápido do mundo, uma economia importante no continente africano e na região do Oriente Médio, bem como um ator-chave em instituições financeiras de desenvolvimento. Estamos ansiosos para apoiar suas necessidades de investimento em infraestrutura e desenvolvimento sustentável”, afirmou o presidente do Novo Banco do Desenvolvimento (NBD), Marcos Troyjo.
Dos países que têm interesse em se juntar aos BRICS, alguns desses países pertencem ao mundo árabe, por exemplo, Arábia Saudita e Argélia; há ainda o Irã do Oriente Médio. Outros países mais importantes são Argentina e México. A próxima cúpula dos BRICS considerará o uso de uma moeda comum para suas trocas comerciais, para que o dólar dos EUA não permaneça o único monopólio nessa questão.
Recentemente, o presidente da França, Emmanuel Macron, pediu ao presidente sul-africano, Cyril Ramaphosa, que desse a possibilidade de participar da cúpula do BRICS em agosto de 2023.
Vendo o crescimento da força do BRICS, a Liga Árabe se movimenta para se reestruturar e se juntar aos outros países pela chance de se desenvolver e bater de frente contra os países imperialistas por controle, principalmente com Israel que tem limitado Egito por anos em questões sobre os conflitos árabe-israelenses.
O interesse do Egito em se aliar aos BRICS é muito sintomático da crise da dominação imperialista mundial. Nesse momento, no Oriente Médio, o Egito tem sido o principal aliado imperialista. Sua posição, que o imperialismo conquistou após o golpe de Estado, é essencial para a sobrevivência do Estado de Israel.
A Arábia Saudita, outra aliada do imperialismo na região, se aproximou no mês passado do Irã. A aproximação foi promovida pela China e a Rússia. Com esse deslocamento da Arábia Saudita, o imperialismo se enfraquece de maneira decisiva na região e o Egito se tornou o principal ponto de apoio, que agora parece estar também se deteriorando.
É uma rebelião totl dos países do Oriente Médio e isso pode originar uma verdadeira catástrofe para Israel e os interesses imperialistas na região.