Uma das nossas mais importantes empresas estratégicas e de serviços do povo brasileiro foi privatizada recentemente pelo governo golpista e entreguista de Jair Bolsonaro. O trio de ferro da Ambev sob a batuta de Leman, Teles e Sicupira estão envolvidos em uma série de escândalos como a falência das Lojas Americanas e outras companhias de energia elétrica do sudeste e nordeste brasileiro. Esse mesmo grupo que direta e indiretamente participa desses negócios bilionários vantajosos e contra o povo e a soberania do país faz parte da negociata também da Eletrobrás e demais sócios perniciosos no contexto dos governos golpistas de Temer e Bolsonaro.
O presidente Lula resolveu elevar o tom da contrariedade desse negócio espúrio que envolve a entrega da Eletrobrás para as mãos de especuladores e cafajestes da política nacional. A fala contundente de Lula caminha na direção da revisão dessa privatização lesa pátria e causa um furor nos meios de comunicação tradicionais golpistas a serviço do imperialismo e da burguesia. Os editoriais da burguesia comandados pelo Estado de S. Paulo e por O Globo dizem que ao querer reestatizar a Eletrobrás o governo Lula sabota seu próprio governo, típico da ideologia petista e das conveniências das indicações políticas dos seus governos; passado e presente.
Os golpistas de plantão e ocasião têm uma voz uníssona, a começar pelos seus meios de comunicação representativos da burguesia e do imperialismo. O Globo fez diversas matérias sobre o “perigo” da reestatização da Eletrobrás para seus “investidores”. Sem contar os demais grupos de “jornalismo” , que seguem a apontar os “erros” do governo petista ao tentar reestatizar a Eletrobrás, assim como ao exigir a queda dos juros e a saída de Campos Neto da presidência do Banco Central.
A luta pelo controle da Eletrobrás é fundamental para a retomada da soberania nacional e da construção do desenvolvimento do país, assim como oferecer serviços mais baratos e de qualidade para o povo, coisa que não ocorrerá nas mãos dos especuladores e homens de rapina à espreita de um grande negócio público para chamarem de seu. Cabe ressaltar que essa “luta” reside tão somente junto aos aparelhos de justiça controlados pela burguesia e não pela organização do povo para o enfrentamento dessa disputa.
A retórica do presidente Lula e as ações na justiça serão suficientes para a retomada da nossa empresa estratégica de energia, assim como de outras tão importantes quanto essa? Cabe ao presidente Lula, a pessoa mais à esquerda e combativa e com maior representante exigir que os sindicatos e outras entidades também muito representativas da classe trabalhadora e do povo organizem a mobilização afim de enfrentar essa batalha e outras tantas do povo brasileiro, porque somente o povo organizado e mobilizado poderá conter o avanço das atrocidades e fazer pressão para as conquistas que lhes são de direito.