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Propaganda imperialista

Editorial do Esquerda Online entra na histeria climática

Esquerda Online repete toda a propaganda apocalíptica em torno das “mudanças climáticas”, exatamente como manda o imperialismo

Biden aplaude

Editorial do Esquerda Online, “A emergência climática é aqui e agora”, revela o quanto a esquerda pequeno-burguesa é orientada ideologicamente e pautada pela burguesia. Assuntos como o identitarismo, crise climática, são todos fornecidos diretamente pelo imperialismo. O ‘trabalho’ dessa esquerda é maquiar o assunto, dar a ele um ar mais esquerdista. Na essência, porém, o tom alarmista, como na questão do clima, é mantido, tal e qual é recebido da fonte.

O olho da matéria é uma prova disso que estamos dizendo; “O mundo volta sua atenção para os eventos climáticos extremos que ocorrem em diversos países. A cada ano a necessidade de mudanças profundas torna-se mais urgente. Não é mais possível negar: a crise climática é aqui e agora! Por que estamos nessa situação e o que fazer para evitar os piores cenários?”.

O trecho acima poderia ter sido retirado de qualquer publicação da grande imprensa; a única diferença, no decorrer da matéria, como veremos, é tentativa de implicar o capitalismo e a classe trabalhadora no tema.

Logo de cara, o EO diz que “Há décadas as pesquisas científicas apontam o terreno perigoso que estamos adentrando enquanto sociedade. Se num primeiro momento chamávamos de aquecimento global, hoje entendemos que se trata de uma crise e emergência para a humanidade. Infelizmente, vemos diante dos nossos olhos se confirmarem os piores prognósticos, os cenários mais destrutivos. Ano após ano multiplicam-se os eventos climáticos extremos, elevando consigo o número de atingidos pela devastação causada. Em 2023 a tendência se confirma, com o mundo presenciando mais uma combinação de catástrofes causadas pelas mudanças climáticas”.

O imperialismo martelava o tema do ‘aquecimento global’. Segundo essa tese, as geleiras iriam derreter e as principais cidades litorâneas do mundo iriam submergir. Como não “se confirmar[a]m os piores prognósticos [e] os cenários mais destrutivos”, o imperialismo, sorrateiramente, resolveu mudar o nome da coisa para “mudanças climáticas”. Não é à toa que o ministério, com Marina Silva à frente, se chama Ministério do Meio Ambiente e Mudança do Clima.

Recorrer a “pesquisas científicas” é apenas uma falácia de autoridade, não existe consenso na comunidade científica sobre “buracos na camada de ozônio”, ou mesmo sobre o aquecimento global. Há regiões nos mares que estão resfriando, conforme mostram sondas espalhadas pelos oceanos. Apenas opiniões científicas de interesse são reproduzidas na grande imprensa; opiniões divergentes são omitidas ou mesmo caladas.

Outro recurso, que a direita costuma usar e que na matéria se repete, é o de assustar as pessoas. A partir do medo é possível convencer melhor as pessoas de que esta ou aquela medida deve ser tomada para o bem geral, mesmo que isso prejudique determinados direitos. Nos EUA, por exemplo, utilizaram o atentado de Onze de Setembro para aprovar o Ato Patriota. Na questão do clima, Joe Biden disse que tará as “mudanças climáticas” como um problema de segurança.

Como diz o editorial, o que vai ao encontro das intenções do imperialismo, “É preciso combater qualquer narrativa que tente conceber a emergência climática como um ciclo natural, parte da dinâmica climática de sempre, ou qualquer coisa do tipo”. O autorismo pregado pelo EO, obviamente, se justifica por uma suposta defesa dos interesses da humanidade.

Impressionismo e cerceamento

O Esquerda Online se vale de eventos climáticos que estão acontecendo, como chuvas, enchentes, incêndios florestais para nos convencer da ‘emergência climática’; e ninguém terá o direito de dizer que as mudanças do clima sejam ciclos naturais, ainda que o sejam.

Estudos geológicos comprovam que a Terra já passou por inúmeras alterações climáticas. Quem poderia supor que há pouco mais de mil anos, por exemplo, os Andes perderam sua camada de neve e que isso fez desaparecer algumas civilizações? E o que dizer dos relatos bíblicos sobre períodos de secas, dilúvio etc? Não havia capitalismo ainda.

O que o EO vai tentar dizer é que “O discurso de que a humanidade como um todo contribui para a crise climática visa esconder a realidade da situação: o que enfrentamos são consequências do sistema econômico vigente, isto é, do capitalismo. O sistema capitalista se torna o sistema hegemônico global ao apoiar-se no uso de combustíveis fósseis e expandir seu domínio para fora da Europa, colonizando as periferias do mundo com violência genocida e ecocida. O desenvolvimento do capitalismo anda lado a lado com o aumento exponencial da devastação da natureza e exploração da classe trabalhadora e povos oprimidos.”.

O importante nesse trecho é que o imperialismo está pressionando os países atrasados para interromperem seu desenvolvimento industrial e que parem de utilizar “combustíveis fósseis”; ou, como vimos no Brasil e Equador, que sequer retirem seu petróleo do subsolo. Essa esquerda está apenas reproduzindo o que diz a alta burguesia financeira internacional.

A atividade humana causa impactos ambientais? Sem dúvida que causa, mas serão de fato o fator principal?

A culpa do capitalismo é se apropriar das riquezas produzidas pela sociedade e não deixar praticamente nada para que se invista em prevenção, em construções mais resistentes contra desastres.

Como que a mando de George Soros, o Esquerda Online diz que “no mês passado Lula indicou que um planejamento para a extração de petróleo na Foz do Amazonas estava sendo elaborado, o que vai na contramão de tudo que devemos fazer para combater a crise climática. Frear qualquer medida que tenha impactos na natureza é crucial para que possamos evitar os cenários mais graves da crise climática”. Será que essa gente vai entender que petróleo não é apenas combustível? Será que vão abrir mão de celulares, computadores, remédios, seringas descartáveis etc.; e do desenvolvimento humano? Que tipo de socialismo será que defendem? Provavelmente o comunismo primitivo.

Esquerda cirandeira

Sem base científica, o EO afirma que “A crise climática é fruto do capitalismo e devemos cortar o mal pela raiz”. Essa esquerda pequeno-burguesa deve acreditar que socialismo é vivermos fazendo colares de miçanga e abraçando árvores. Não passa de idealismo; por isso, recorre a subterfúgios antimarxistas como a pregação do “ecossocialismo”, outra ideologia burguesa nascida em alguma universidade de um país imperialista.

A esquerda pequeno-burguesa está ideologicamente ligada à burguesia, não tem uma ação independente, e por isso não pode servir de alternativa de emancipação da classe trabalhadora.

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