Vivemos dias sombrios em nosso Brasil. Há uma atmosfera de censura no ar. No entanto, o sustentáculo de um povo, a educação está no calabouço; presa pelos grilhões dos baixos salários e do ensino de baixíssima qualidade.
Lei nº 13.415/2017 alterou a Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional e estabeleceu uma mudança na estrutura do ensino médio, ampliando o tempo mínimo do estudante na escola de 800 horas para 1.000 horas anuais (até 2022) e definindo uma nova organização curricular, mais flexível, que contemple uma Base curricular.
Tal termo: flexível significa a criação de percursos literários que forjaram disciplinas como “Aula de brigadeiro” no lugar de disciplinas como química, por exemplo. “O que rola por aí” também é o nome de outra disciplina componente da grade curricular, que consta da nova “deforma” do Ensino Médio.
O breve histórico acima aponta que a tal nova orientação curricular é golpista e tem o objetivo geral de ofertar minimamente qualidade de ensino para os brasileiros.
No entanto, o aluno terá sua formação básica ainda mais esvaziada. Para se ter uma ideia, história do Brasil não aparece no currículo repleto de menções ao marketing e empreendedorismo. E o profissional ficará muito aquém daquela mantida por redes públicas estaduais, como o Centro Paula Souza, e federais, em cujas escolas há laboratórios, professores capacitados e equipamentos para cursos de ponta.
No estado de São Paulo, que tem um modelo semelhante ao adotado no restante do país, a Secretaria Estadual de Educação apresentou aos alunos 11 itinerários formativos como percursos de aprofundamento da formação geral fundamentada na Base Nacional Comum Curricular (BNCC).
O Comprometimento de revogação de esta terrível reforma ainda não ocorreu, vejamos o fragmento abaixo.
“O governo vem sendo pressionado por entidades estudantis, associações educacionais e até por aliados do próprio PT a rever a reforma, aprovada em 2017 no governo do ex-presidente Michel Temer. Santana enfatizou, porém, que a reforma do Ensino Médio não foi revogada.
Hoje, os professores do Estado estão entrando em greve, já que o governo não cumpriu o pagamento do piso prometido. A categoria está sendo esmagada e está sem reajuste há 10 anos. Muitos passam necessidade. Eu sei de casos. Pagar aluguel e comer é impossível para a classe dos docentes… com a impiedade do salário recebido.
E fica a reflexão: tem alguma promessa de campanha do novo governo que já foi cumprida com a régua do socialismo?