O Botafogo joga nesta quinta-feira, (4) contra a LDU, do Equador, pela Sul-Americana, podendo chegar a uma série de 13 jogos de invencibilidade caso não perca para a equipe equatoriana. A última vez que o Alvinegro perdeu uma partida foi no dia 8 de março contra a Portuguesa-RJ pela 11ª rodada do Campeonato Carioca. Desde então, foram 12 partidas, com dez vitórias e dois empates.
A situação claramente mudou para o Glorioso. Da crise que fez o time perder, empatar ou ter dificuldades com times fracos do país, agora o Botafogo conseguiu ajustar o seu time, inclusive com atuações convincentes, como a vitória sobre o Flamengo, que tem a folha salarial mais alta do Brasil, na 3ª do Campeonato Brasileiro. No Brasileirão, o Alvinegro é a única equipe com 100% de aproveitamento, tendo vencido suas três partidas na competição, que lidera.
Setores da torcida que defendiam o técnico português Luis Castro mesmo com os péssimos resultados buscam, agora, apresentar a genialidade do treinador e “esfregar na cara” da maioria da torcida que defendeu a demissão do treineiro. No entanto, ao contrário do que apresentam os arrogantes que buscam se colocar acima do restante da torcida, não foi a “maestria” de Castro que ajeitou a equipe, mas a própria torcida.
O que mudou essencialmente no estilo de jogo do Botafogo foi a vontade dos jogadores. Isto é, um problema psicológico, mostrando que os jogadores estavam desmoralizados anteriormente. O esquema tático de Castro, no geral, continua o mesmo.
É nítido que o que ocasionou essa mudança foram os protestos massivos da torcida botafoguense: desde vaias nos estádios, até pichações na sede do clube, faixas contra a administração da SAF e o treinador e cobranças públicas, com notas das principais torcidas organizadas do clube. Foi isso que levou o dono do clube, que sumiu durante meses, vir a público falar sobre a situação do Botafogo e, inclusive, agilizar nas contratações de novos jogadores.
É fácil notar que, desde que surgiram protestos, o nível do futebol do Botafogo aumentou, contrariando os capituladores que são contrários a manifestações das torcidas para não “espantar os jogadores” e “prejudicar contratações”. Na realidade, a situação do Botafogo comprova que, mais do que nunca com a SAF, a torcida deve ser ativa para impedir os desmandos sobre o clube. Por isso, os torcedores não podem dar trégua: precisam se manifestar sempre que as coisas saírem dos rumos.