Na última semana, a reunião mediada pela China entre Arábia Saudita e Irã, que serviu como forma de restabelecer a relação entre os dois países, foi um importante passo para a dissolvimento do controle imperialista no oriente-médio. A Arábia Saudita é um braço dos Estados Unidos na região, e esta reviravolta é um reflexo da desestabilização imperialista.
Esta é a maior desestabilização política do capitalismo imperialista desde a segunda guerra mundial. Esta nova relação entre os países trás uma tendência a uma diminuição radical do poder militar do imperialismo na região. São os dois principais países do oriente-médio organizando uma aliança.
Além disso, esta nova aliança pode subverter o poder imperialista nos países entorno, sobretudo o Egito, após toda a desestabilização que ocorre no Iraque e Síria. Caso essa aliança se consolide, é um grande passo para um rompimento geral com o imperialismo.
Henry Kissinger, uma das principais lideranças da política imperialista durante o período da guerra do Vietnã, colocou que a nova aliança é uma mudança radical e atribui a Arábia Saudita este acontecimento, interpretando que o país busca atrai o Irã e a China contra os EUA, quando na realidade é a China que cumpre este papel. A Arábia Saudita visivelmente já percebeu, após muito tempo de crise, que os EUA não são um aliado confiável, a derrota na Síria, no Afeganistão e de deter a propagação do movimento iraniano, demonstrou para os sauditas que se colocar como aliado dos EUA, será engolido pelo movimento geral.
Esta é uma virada muito significativa na situação política internacional. Processo semelhante se vê na Turquia, e até mesmo do Estado de Israel, que fez sinais em direção à Rússia e China e se mostrou bastante comedido em apoiar a Ucrânia, revelando a decomposição do bloco ligado ao imperialismo na região.
Outra declaração importante foi de John R. Bolton, que afirmou que isso representaria a formação de um “novo eixo”, em uma comparação à segunda guerra-mundial. Uma declaração significativa, pois implica em um conflito militar. Ou seja, a tendência para um enfrento militar mundial é muito grande.