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Momento Histórico

Do 7 de outubro à ofensiva terrestre, uma vitória palestina

Os movimentos de luta da Palestina em Gaza já realizaram uma vitória com a operação Dilúvio de al-Aqsa. Os povos do mundo se erguem em sua defesa e a ofensiva sionista fracassa

O Hamas confirmou que a Resistência Palestina repeliu uma ofensiva terrestre de Israel neste sábado, 28 de outubro, em três frentes na Faixa de Gaza. O feito é uma continuidade da campanha das forças palestinas em Gaza, e segue no mesmo tom de vitória, em que conseguem derrotar um inimigo que dispõe de muito mais em termos de armamentos, material bélico e recursos em geral.

O chefe de relações exteriores do Hamas, Ali Baraka, afirmou ao Al-Mayadeen que os sionistas chegaram a chamar helicópteros para retirar seus mortos e feridos do campo de batalha após sofrerem perdas significativas. O movimento de resistência ainda afirmou que atraiu as forças invasoras para emboscadas, e utilizaram lançadores de foguetes e lançadores de mísseis que repeliram o avanço de blindados.

Enquanto isso, líderes militares, em especial dos EUA, vem desaconselhando o plano de invasão por terra, e o comando militar norte-americano se distanciou das decisões militares de “Israel”.

Imperialismo na defensiva?

Uma série de declarações estão sendo colocadas pelo alto escalão do imperialismo no sentido da ofensiva por terra de “Israel” na Faixa de Gaza. Todas elas apontam para uma posição defensiva do núcleo duro imperialista com a operação e é, ainda mais, uma demonstração clara de fraqueza, do grau agudo em que se encontra a crise econômica.

O órgão imperialista Washington Post afirmou com uma fonte anônima sobre o governo dos EUA: “Eles claramente mudaram de ao início ‘Estamos com vocês; faremos o que quiserem’ para agora ‘Você realmente precisa repensar sua estratégia.’ E eles o estão fazendo de maneira cuidadosa.”

General aposentado, Joseph Votel, que supervisionou as tropas dos EUA no Oriente Médio durante a guerra na Síria, declarou que uma operação tradicional de “tomar e manter”, ou seja, uma invasão seguida de ocupação militar tradicional, seria um processo “extremamente demorado”. E sugeriu um “avanço rápido aos objetivos críticos” para as forças sionistas.

Afirmou ainda que o mais rápido seria um conjunto de ataques aéreos pesados com pequenas incursões de forças especiais, no entanto “Tem um alto nível de risco. Você está constantemente expondo suas forças enquanto o inimigo está observando e se ajustando.”

No último domingo (22), o Secretário de Defesa dos EUA, Lloyd Austin declarou para a rede ABC News, na mesma toada: “O combate urbano é extremamente difícil.” O cenário não apresenta posição boa para as forças imperialistas.

Uma vitória que apenas se amplia

O porta-voz do Hamas, Hazem Qasam, por outro lado, demonstra a disposição de luta dos oprimidos de todo o planeta e, especialmente, do povo palestino: “O exército israelense continua ameaçando realizar operações terrestres e demonstrando sua grande força militar na fronteira. Nosso movimento leva a sério essas ameaças, e nossos membros estão completamente preparados para mostrar ao exército israelenese e ao mundo novas surpresas em termos de capacidade e resiliência.”

Mais cedo no sábado, o representante do Hamas no Líbano, Osama Hamdan, relatou ao Al-Mayadeen, que os combatentes continuam a confrontar as tentativas de incursão israelenses, que vêm sofrendo baixas confirmadas. E acrescentou: “Os povos de nossa nação estão vivos apesar da opressão e das tentativas de desviar suas bússolas para conflitos [internos].” Transmitiu ainda a posição das Brigadas al-Qassam “não haverá negociações a respeito de reféns israelenses até que a agressão (israelenese) [contra Gaza] termine.”

Sobre as declarações dos norte-americanos, afirmou não diminuírem em nada a extensão do involvimento dos EUA na agressão a Gaza, e a menos que parem seu apoio político, econômico e de armamentos ao inimigo, “é cúmplice em derramar cada gota de sangue na Palestina.”

O comandante da Guarda Revolucionária Iraniana declarou que as forças de Israel serão enterradas em Gaza caso procedam com a operação, e isso dois dias após o general Ali Fadavi colocar que Teerã “lançará mísseis diretamente para Haifa” no mesmo caso.

Uma fonte anônima ao Al-Mayadeen declarou que a resistência palestina no norte da Faixa de Gaza, em Beit Henoun e na parte leste de al-Bureij, está confrontando as forças sionistas, e apontou que os israelenses estão num estado de bater e correr e incapazes de manter ganhos territoriais em pontos de incursão no norte, nordeste e noroeste do campo de al-Bureij. Por consequência diz, os israelenses estão intensificando o bombardeio das linhas de frente.

Já as Brigadas al-Quds da Jiad Islâmica anunciaram que seus combatentes estão dispostos nas linhas de frente e vêm repelindo as incursões terrestres sionistas em Beit Hanoun e na parte leste de al-Bureij.

O correspondente do Al-Mayadeen noticiou ainda que as Brigadas al-Qassam repeliram uma incursão nos mesmos locais. Ainda no norte de Gaza, enfrentamentos continuam ao leste do campo de refugiados de Jabalia.

Segundo a imprensa israelense, os primeiros testes de incursão terrestre desapontam.

Osama Hamdan declarou ainda que aqueles carregando armas em nome da “legitimidade palestina” devem apontá-las para a ocupação sionista.

A tensão apenas aumenta, e a situação do imperialismo se torna mais crítica conforme o tempo passa. Nos países árabes, a mobilização popular assume proporções gigantescas e pressiona seus governos a entrar no conflito em defesa do povo palestino, e os governantes a cada dia mais arriscam uma profunda crise política caso não o façam. O papel da esquerda brasileira é impulsionar essa polarização, que já se expressa no seio do imperialismo, EUA e União Europeia, também aqui. Organizar uma mobilização que consiga intervir de maneira concreta na situação, e acabar com o genocídio do povo palestino, pondo um fim ao Estado de “Israel”.

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