O ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal, mandou na tarde de hoje (14) que as plataformas de redes sociais bloqueassem os perfis de Bruno Monteiro Aiub, o Monark, atual apresentador do Monark Talks. Moraes atendeu a um pedido feito pelo Tribunal Superior Eleitoral (TSE) – isto é, feito por si próprio, visto que é ele o presidente da Corte eleitoral.
O pretexto, de acordo com o Estado de S. Paulo, para punir o apresentador foi a seguinte fala: “a gente vê o TSE censurando gente, a gente vê o Alexandre de Moraes prendendo pessoas, você vê um monte de coisa acontecendo, e ao mesmo tempo eles impedindo a transparência das urnas? (…) “Qual é o interesse? Manipular as urnas? Manipular as eleições?”
E é tão somente isso. Bruno Aiub está sendo punido simplesmente por questionar – destaque-se que sequer ele fez uma acusação de fato – o funcionamento da suspeitíssima Justiça Eleitoral, um órgão que vem atuado de forma completamente irregular no último período. Foi a Justiça Eleitoral, para quem não se lembra, que impediu a participação de Lula nas eleições de 2018, garantindo a vitória do fascista Jair Bolsonaro. E foi o mesmo Alexandre de Moraes, que hoje tem poderes para mandar prender qualquer pessoa, que ficou de braços cruzados enquanto os patrões tentavam roubar as eleições em 2022, coagindo funcionários e mobilizando a Polícia Rodoviária Federal para impedir as pessoas de votar.
Monark já vem sendo perseguido desde fevereiro de 2022, quando o apresentador defendeu um direito democrático elementar e que está resguardado pela Constituição, que é o de que qualquer cidadão, até mesmo um nazista, poderia formar um partido político de acordo com sua ideologia.
De maneira caluniosa e histérica, Monark foi apontado, naquela época, como um “nazista”. Nada poderia ser mais absurdo: nazista é justamente aquele quer regulamentar a atividade política e partidária dos cidadãos. Monark nunca expressou qualquer simpatia com o nazismo, tendo sido vítima de uma campanha comandada por um verdadeiro defensor da ditadura militar: a Rede Globo.
A campanha naquele momento tinha dois objetivos: estabelecer um clima de histeria para a aprovação de leis direitistas e repressivas, como a tentativa de colocar o comunismo na ilegalidade, e perseguir uma figura que ameaçava a concorrência dos grandes monopólios da comunicação.
Por causa dessa campanha, o apresentador já tinha tido suas contas derrubadas. Com a nova decisão de Moraes, as novas contas criadas por Monark, assim, foram também suspensas. Em se perfil nas redes sociais, Monark declarou que:
A política apresentada por Monark é correta: nada de baixar a cabeça para a ditadura de toga. Se necessário, que sejam abertas outras contas para denunciar a arbitrariedade do STF. É um preciso uma ampla campanha nacional pela liberdade de expressão, que retire da Constituição e do Código Penal brasileiros todo tipo de crime de opinião