A atual diretoria da Associação Nacional dos Funcionários do Banco do Brasil (ANABB), compostas por diretores da direita “democrática” e de bolsonaristas, protocolaram, junto ao Banco Central do Brasil, denúncia contra a indicação, para assumir o cargo de vice-presidente de Governo e Sustentabilidade Empresarial do BB, José Ricardo Sasseron.
A denúncia, segundo os direitistas da ANABB, é de que Sasseron “estaria envolvido em atos possivelmente passíveis de enquadramento como improbidade administrativa, enquanto foi Diretor de Seguridade da Previ, entre os anos de 2006 a 2012”. (Site Anabb 08/02/2023)
Com essa medida, não temos dúvida que a Anabb será o bastião da direita golpista no Banco do Brasil contra, não só a atual Direção do Banco do Brasil, como do governo Lula, eleito com mais de 60 milhões de votos.
Vale lembrar que, o atual presidente da Anabb é Augusto de Carvalho, ex-PCB, ex-PPS, hoje no Solidariedade, partido esse que apoiou o golpe de Estado de 2016; a operação, que liquidou com o País, Lava Jato; apoiou a prisão do Lula e também a eleição do fascista Bolsonaro em 2018.
Além disso, Augusto de Carvalho foi um dos deputados que votou no Processo de impeachment da ex-presidenta Dilma Rousseff e a favor da PEC do Teto dos Gastos Públicos.
Carvalho conta, ao seu lado, com a vice-presidente de relações institucionais da Anabb, Cecília Garcez, uma árdua defensora de que, na escolha dos dirigentes do Fundo de Pensão dos Funcionários do Banco do Brasil (PREVI), o programa permitisse que a experiência como dirigente sindical contasse tanto quanto a de ter sido executivo em uma empresa (proposta do neoliberal transloucado Paulo Guedes, ex-ministro da Economia no governo Bolsonaro). De fato, o que está por trás de tal proposta, é a tentativa de mudar o modelo de gestão da Previ e acabar com diretorias, terceirizar a gestão dos investimentos e transferir várias atribuições de diretores eleitos pelos funcionários para os diretores indicados pela direção do Banco do Brasil, com isso reduz o poder dos associados para aumentar a do banco. Uma clara política de entrega completa do controle do fundo construído pelos trabalhadores para os banqueiros.
José Ricardo Sasseron foi presidente da Associação Nacional de Participantes de Fundos de Pensão e de Beneficiários de Planos de Saúde de Autogestão (Anapar), diretor de Seguridade da Previ e diretor do Sindicato dos Bancários de São Paulo, Osasco e Região e, os ataques desferidos pela diretoria direitista da Anabb à Sasseron, deixa claro que fazem parte de uma estratégia para tentar desmoralizar as indicações dos representantes dos trabalhadores nas empresas estatais, no caso o Banco do Brasil, feito pelo atual governo, eleito inclusive com o apoio das organizações de luta da classe operária, tais com a Central Única dos Trabalhadores (CUT), e dos movimentos populares como o Movimento dos Sem Terra (MST).
Contra tal investida da direita é preciso reagir nas ruas, nas mobilizações, através da unidade com os demais trabalhadores das estatais, contra a direita reacionária que, em nome de uma “suposta” moralização das nomeações no BB, estão querendo aprofundar a política de ataques ao governo Lula, eleito democraticamente pela maioria da população.
