Da mesma forma que está acontecendo em outras áreas do governo, IBGE, BNDES, etc., a direita faz campanha para destituir a atual presidenta da Caixa Econômica Federal, a ex-presidente do Sindicato dos Bancários do ABC Maria Rita Serrano, através de coação ao governo Lula em relação a apoios do setor mais alinhado com a política imperialista, principalmente o norte-americano, do Centrão, no Congresso Nacional.
Segundo a imprensa capitalista, o Partido Progressistas (PP) vem fazendo pressão ao governo federal pelo comando da Caixa e quem estaria cotado para assumir a instituição seria Gilberto Occhi, ocupando a cota do PP. O indicado é ligado ao senador Giro Nogueira (PP-PI) e também ao presidente da Câmara dos Deputados, Arthur Lira (PP-AL).
A tentativa de substituição da Presidenta da Caixa, Rita Serrano, por setores da direita golpista, é muito mais do que o aparelhamento da direita desse gigantesco patrimônio, com ativos de cerca de R$ 1,6 trilhão, mas o interesse de passar para as mãos dos grandes banqueiros, capitalistas nacionais e internacionais, essa instituição 100% pública, sem outro objetivo que não a privatização da empresa.
A própria Rita Serrando já havia denunciado que, quando entrou na presidência, encontrou o banco totalmente desmantelado pela gestão anterior e pronto para a privatização das suas principais operações . A direita que faz agora essa investida contra Rita Serrano a frente da Caixa, é a mesma que no governo Bolsonaro estava tentando transformar o banco numa Sociedade Anônima, com ações na Bolsa de Valores cujo o objetivo é transferir o lucro da empresa para o bolso de meia dúzia de especuladores financeiros e, logicamente, abrir o caminho da sua privatização.
A ofensiva reacionária da direita golpista, que agora se materializa contra a presidenta alçada à posição pela indicação dos bancários não é de hoje. A Caixa vem sofrendo ataques desde o governo do golpista de Michel Temer, reflexo da política de destruição contra o único banco 100% público.
Diante de mais um ataque da direita, que pode levar a destruição total deste grande patrimônio nacional, as organizações de empregados da Caixa Econômica Federal devem se organizar e mobilizar os sindicatos dos bancários, a Central Única dos Trabalhadores e os demais sindicatos dos setores produtivos, os movimentos e as organizações populares, a população em geral para lutar contra mais esse ataque. Somente a luta unificada dos amplos setores pode pôr fim aos ataques contra essa instituição 100% nacional, o maior banco público da América Latina, voltado para atender todas as políticas sociais, principalmente para a população mais pobre, presente em 99% dos municípios brasileiros.
