Após ter suas redes sociais novamente censuradas por Alexandre de Moraes, o apresentador Monark foi convocado a prestar depoimento à Polícia Federal nessa terça-feira (20).
O ministro do STF estabeleceu uma absurda censura prévia contra o apresentador, mandando fechar todas as suas redes sociais. A alegação, ainda mais absurda, foi a de que Monark estaria “espalhando fake news sobre as eleições”. Chegou-se ao ponto no Brasil que um juiz do STF se acha com poderes para simplesmente rasgar a constituição e o direito de uma pessoa omitir uma opinião política.
O Ministro da Justiça, Flávio Dino, que apoiado pelo imperialismo acha que tem superpoderes, também defendeu a censura. Ao ser criticado por Monark, Flávio Dino foi às redes sociais insinuar que irá processar o apresenador.
A atitude de Dino é bem reveladora. Processar uma pessoa que xingou publicamente sempre foi o método normal de funcionamento da burguesia. Alguém era xingado e processava quem xingou. Não que esse método seja democrático, mas ele ao menos voltava-se a atacar apenas o suposto detrator.
Mas a partir da histeria promovida pelo imperialismo e por setores da burguesia e da imprensa sobre as chamadas “fake news”, criou-se outro método. Não se processa mais as pessoas, estabelece-se a censura.
Por exemplo, Daniel Silveira poderia ter sido simplesmente processado por Alexandre de Moraes quando o xingou. Mas não foi isso o que ocorreu. Silveira foi censurado, perdeu o mandato e foi preso.
Agora, depois que Moras de maneira ante-democrática censurou e derrubou todos os canais de Monark, Flávio Dino diz que deve processar o apresentador. Por que essa mudança? Justamente porque a censura já foi estabelecida.
O que Moraes e Dino querem, agindo em nome dos interesses do imperialismo, não é inibir o que se diz na internet, mas é justamente estabelecer a censura. Ou seja, toda a histeria era justamente para acabar com o direito fundamental da liberdade de expressão.
Flávio Dino acabou revelando que sua ação e de Moraes tinha como objetivo acabar com esse direito do povo. E agora, que se abriu o precedente para impor inclusive uma censura prévia, o povo deve pagar muito caro por isso.