O Ministro da Justiça, Flavio Dino (PSB) levou uma invertida na rede social X (antigo Twitter) ao criticar as chamadas “fake news”. Usada para limitar ainda mais a já restrita liberdade de expressão no País, as tais “fake news” foram apontadas pelo ministro como um instrumento ilegítimo e “crime”:
“Reitero que fake news é crime”, disse o ministro, “não é ‘piada’ ou instrumento legítimo de luta política. Esse crime é ainda mais grave quando se refere a uma crise humanitária, pois pode gerar pânico e aumentar o sofrimento das famílias.”
Ao final da publicação, Flávio Dino fez ainda referência ao jornalista bolsonarista Alexandre Garcia, acusado de ter espalhado boatos visando responsabilizar o presidente Lula pelas enchentes no RS. “A Polícia Federal já tem conhecimento dos fatos e adotará as providências previstas em lei”, concluiu Dino.
O sistema do X, no entanto, colocou um alerta na publicação de Dino, dizendo se tratar, basicamente, de uma “fake news”. “No Brasil, não há uma lei específica que defina e puna a criação e o compartilhamento de fake news”, diz o aviso da rede social. Levando-se a termo as colocações do titular do ministro, teria incorrido em um crime.
“Pode indicar em qual artigo do CP está tipificado o crime, ministro? Será útil para que parlamentares denunciem um determinado presidente que adota muito essa prática”, comentou ironicamente um internauta, deixando sua frase vaga o bastante para caber tanto ao ex-presidente Jair Bolsonaro (PL), como também ao atual presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT). Lula é muito criticado pela imprensa burguesa sempre que se refere à derrubada ilegítima da ex-presidenta Dilma Rousseff (PT) como um golpe. Em diversas ocasiões, os jornais burgueses já se referiram à denúncia do golpe feita por Lula como “fake news”.
