Nesta terça-feira (5), Hagar Mizrahi, chefe de Medicina Geral no Ministério da Saúde de Israel, declarou perante o parlamento de seu país que os militantes do Hamas teriam “drogado” reféns antes de libertá-los durante a trégua. “Deram a eles comprimidos de Clonex para que parecessem calmos e felizes antes de entregá-los” ao Comitê Internacional da Cruz Vermelha (CICV)”, disse ela.
Segundo a própria imprensa capitalista, a funcionária sequer especificou se baseava essa afirmação em depoimentos ou em análises de sangue realizadas nos reféns.
“Também deram a eles um pouco mais de comida pouco antes de sua libertação para que, ao sair do cativeiro, estivessem em melhor condição”, acrescentou ela.
Uma vez mais, o Estado de Israel apresenta uma acusação grotesca contra o Movimento de Resistência Islâmica, o Hamas, sem apresentar qualquer prova. Foi assim, por exemplo, com a acusação de que os militantes palestinos teriam decapitado 40 bebês – o que foi posteriormente desmentido. A produção de mentiras é tanta que o próprio Estado de Israel já admitiu que mentiu acerca do número de vítimas civis no dia 7 de outubro.
No caso em questão, caso Israel tivesse algum exame que comprovasse que o Hamas tivesse drogado os reféns, seu governo teria, naturalmente, apresentado, pois isso fortaleceria seus argumentos. E mesmo que fossem apresentados tais exames, ainda não comprovaria nada, uma vez que o os serviços de inteligência de Israel, que demonstraram ser capazes até mesmo de se infiltrar na Polícia Federal brasileira, poderia facilmente falsificar os exames.
A mais nova mentira sobre o Hamas cumpre um papel determinado. Neste momento, dezenas de artigos, fotos e vídeos já mostraram que os reféns têm uma simpatia pelos sequestradores do Hamas, o que indica que foram bem tratados. O objetivo da mentira fabricada por Israel é tentar amenizar o efeito positivo da repercussão do tratamento dado pelo Hamas aos seus reféns.
O tratamento do Hamas não só está demonstrando que são falsas as alegações de que o grupo seria composto por “bárbaros”, como também contrasta com as incontáveis denúncias de torturas e maus tratos aos palestinos presos por Israel.