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Valéria Guerra

Jornalista (UMESP), historiadora, atriz com DRT-RJ, escritora, colunista do 247, PCO, e do meu site (https://guerraluz.prosaeverso.net/); mestre em Intervenção Psicológica no Desenvolvimento e na Educação; professora do Estado do RJ na cadeira de biologia, poetisa e ativista contra a desigualdade no Brasil e no mundo.

Liberdade democrática

Democracias na bandeja

Sem dúvida que a Democracia pode tornar-se uma dama de ferro, vestida de corrupção, e isto já está mais que provado.

Governar para o povo e pelo povo, este é o sentido expresso pela semântica do termo DEMOCRACIA.

Aliás, a democracia teórica é servida na bandeja para o povo. E a Democracia como práxis social parece artigo luxuoso. Sem dúvida que a Democracia pode se transfigurar em uma dama de ferro, vestida de corrupção, e isto já está mais que provado, mas (ainda bem) que existe a “Democracia”.

Há versões democráticas da Democracia. O povo brasileiro em sua naturalidade não sabe ainda o valor da Democracia. A Constituição é um manancial democrático que não é conhecido pela maioria.

Ter a democracia como forma de governo deveria ser o passaporte para a liberdade, que só a igualdade pode gerar. As ruas nacionais estão repletas de seres humanos se arrastando como zumbis famintos, enrolados em cobertores finos, eles são eternos pedintes. Será que a democracia (ainda imperfeita) governa para estes “miseráveis”? Recomendo o livro: “A grande degeneração”, do historiador e jornalista britânico Niall Ferguson.

Será que a Mãe Democracia não viu estas pessoas deitadas na madrugada, no chão fluminense e carioca, como eu vejo: dormindo na sarjeta. Existe uma distância entre a democracia liberal e a democracia participativa.

A Democracia participativa significa a possibilidade de intervenção direta dos cidadãos nos procedimentos de tomada de decisão e de controle do exercício do Poder. Durante a festa da democracia, tem convidados, que ainda não foram servidos.

E beber o cálice da Democracia funcional é permitir o favorecimento dos interesses individuais, sejam da elite ou da classe média. Há uma dose cavalar de crueza na forma democrática representativa de administrar a esfera pública, veja como os professores do Rio de Janeiro estão sendo tratados, veja o depoimento de um professor do Estado do RJ:

“Todos os políticos em seus discursos dizem que suas bandeiras serão a educação, saúde e moradia. Mas, a verdade é que o governo não nos respeita. Professor nunca foi respeitado nesse país! Entra governo e sai governo, e nos continuamos a fazer um papel, de uma profissão relegada a segunda classe. Que país é esse? Ter uma população intelectualizada NÃO é interessante por aqui. Melhor para eles é ter mão de obra barata. A universidade fica para os ricos. Como esse país vai crescer? São muitos desvios de verbas, funcionários fantasmas, salários acima do teto para eles, e outros.”

A Democracia não é um produto, é um processo, uma prática: que em suas linhas apregoa igualdade e liberdade. Será que nossa Democracia está sendo relativizada?

* A opinião dos colunistas não reflete, necessariamente, a opinião deste Diário

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