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Programa de Índio

Decisão judicial irá despejar mais de 1200 famílias no TO

O governo Riedel é conivente com a escravização dos Guaranis Caiouá na colheita de maçã no Rio Grande do Sul.

Os camaradas Renato Farac da Bahia e Marcelo Batarse do Mato Grosso do Sul, iniciam o programa divulgando entre outras coisas o Canal Terra Vermelha, coletivo de Índios do PCO, depois seguem com os informes;

No Tocantins, o Movimento Nacional de Luta por Moradia – MNLM, recebeu no dia 17/02 uma decisão judicial que irá despejar de 1200 famílias que  vivem  no setor de Araguaína do Sul. A denúncia foi feita pela camarada Carmen, militante do PCO e dos movimentos por terra e moradia. A justiça passou por cima de outra decisão e levou em conta notícias falsas. É uma decisão que irá beneficiar um casal de grileiros conhecidos na região. 

No sul da Bahia (Porto Seguro, Prado, Itabela e Itamaraju), região onde ficam concentradas as retomadas dos índios Pataxós, um grupo de grileiros invadiram uma fazenda e montaram um acampamento para seus pistoleiros. Os companheiros encontram matéria na APIB – Articulação dos Povos Indígenas do Brasil referindo que o governador da Bahia, Jerônimo Rodrigues do PT, primeiro governador autodeclarado indígena, recusou a entrada das Forças Nacionais na Bahia.

A APIB faz uma crítica a essa decisão do governador, os companheiros tentaram verificar essa informação com pessoas ligadas aos movimentos indígenas e parece que a recusa é real, no entanto não encontraram a motivação do governador. Eles também colocam que devido às confusões políticas há índios que querem a “ajuda” da Força Nacional, no entanto, os que já tem uma consciência política formada pela própria experiência sabem que os homens da Força Nacional são os mesmos que invadem as terras, que matam os índios, que oprimem. A reivindicação que deveria ser feita, pontua Farac, é pela autodefesa dos índios. Batarse coloca que a direita zomba da esquerda pois pedem o fim das policiais e em situações como essas, chamam a polícia, é um contra senso. 

Os companheiros levantam o problema do avanço da direita nas aldeias. Enquanto a esquerda se preocupa com pautas inócuas como usar o termo povos originários ao termo índio, a direita entra com as pautas reais, como a falta de água nas aldeias (eles usam o termo aldeia e não retomada). Essa sim é uma pauta de interesse dos índios, e isso pode fazer o eleitorado da direita crescer entre eles.  

Batarse também informa que na próxima sexta-feira o governador do MS Eduardo Riedel, PSDBista latifundiário marcou uma reunião com as lideranças indígenas, no entanto não há recursos para os índios se deslocarem até lá, provavelmente a reunião será com os índios próximos ao governo, e não com os índios de diferentes regiões, como Riedel havia prometido. 

O companheiro também trás que está havendo uma disputa dentro do PT pela coordenação do DSEI, órgão ligado ao ministério da saúde para tratar da saúde dos indígenas. Os índios ligados à base do PT querem que a indicação passe pela discussão no partido e querem um índio, enquanto os direitistas que já traíram o partido, pois apoiaram o Riedel quando o PT lançou candidato próprio, querem eles indicarem e argumentam que os índios não tem competência para dirigir o DSEI. Os companheiros pontuam que “pessoal de pulso firme” já teve e nada fazem pelos índios.

Enquanto os índios Guarani-Caiouás são arrebanhados e escravizados nas colheitas de maçãs no RS, os caciques do PT do MS discutem seus cargos.

Os companheiros denunciam que enquanto essas pessoas ficam leiloando cargos, os índios estão há dois meses sem receber a cesta básica que a FUNAI tem obrigação de fornecer. Ligada a esse assunto, os companheiros trazem a questão dos índios do MS que vão para o RS colher maçãs. O caso é ainda mais grave do que se imaginava. As ONGs que tanto gritam pelos Yanomamis, silenciam sobre o problema dos Guaranis Caiouá. também há o incentivo do governo do MS, que discursa a favor dessa atividade, como se fosse um ótimo trabalho e não uma forma de trabalho escravo. 

Farac lembra que em 2014 foi formado um plano para fiscalizar o trabalho escravo, a  Comissão Estadual de Erradicação do Trabalho Escravo (COETRAE) ligada a FUNTRAB do governo do MS, o Instituto dos direitos humanos  e o coletivo dos trabalhadores indígenas, só há instituições governamentais. 

Além do governo do MS estar conivente com tudo isso, o procurador Jeferson Pereira pontua que a colheita manual de maçãs “é parte do estilo de vida deles”, isto é, o plano é perpetuar os índios nessa situação miserável a fim de manter a mão de obra barata e escrava. 

Assista ao programa de índio  na íntegra aqui

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