Exploração do petróleo

Decisão do IBAMA não é técnica, é política

Órgão deve ser fiscalizado e controlado pelo governo e estar de acordo com os interesses do povo

Com a polêmica envolvendo a proibição imposta pelo IBAMA ao projeto de exploração de petróleo na Foz do Amazonas, algumas pessoas defendem a tese de que o órgão seria técnico. Portanto, que as decisões do IBAMA não seriam políticas, mas estritamente técnicas.

Até certo ponto, não é totalmente errado dizer que o órgão precisa ser técnico. As considerações técnicas são importantes para guiar essa ou aquela decisão. É como dizer, por exemplo, que o SUS é técnico. É claro que as decisões sobre políticas da saúde devem ser orientadas por estudos técnicos e científicos, mas em última instância as decisões devem ser políticas, ainda que possam ser baseadas nos pareceres técnicos.

Dito isso, é preciso ter duas considerações sobre esse problema do IBAMA.

Primeiro que o órgão deve ser fiscalizado. O IBAMA, assim como qualquer órgão público, não pode tomar atitudes totalmente independentes dos interesses da população. Ele não pode, por exemplo, tomar uma atitude ideológica. E é exatamente isso o que está acontecendo. O Ministério do Meio-Ambiente, ao qual o IBAMA é subordinado, está impregnado por uma ideologia falsamente ambientalista. Marina Silva, pessoa de confiança do imperialismo, é a correia de transmissão dessa ideologia. No caso do petróleo, Marina expressou abertamente que é contra que a Petrobrás explore petróleo. Uma posição absurda, mas que reflete a posição da ideologia ambientalista difundida pelo imperialismo como pretexto para frear o desenvolvimento do País.

Claramente, portanto, a decisão do IBAMA não tem nada de técnica, mas é puramente ideológica. É por princípio contra a exploração do petróleo.

Uma coisa é um órgão como o IBAMA, após um estudo sério, indicar ao Estado Nacional a melhor forma de fazer, os riscos, o que precisa ser melhorado etc. Outra coisa muito diferente é vetar o projeto da Petrobrás por simples decisão ideológica. Vale lembrar que o que foi vetado até agora é simplesmente um projeto da  Petrobrás para estudar a viabilidade da exploração, nem é a exploração do petróleo propriamente dita.

Outro exemplo de como isso funciona é que há uma ideologia de que não se pode construir hidrelétricas no Brasil. Defender isso como princípio enquanto falta energia em várias partes do País, é uma política anti-nacional e contra o povo.

É preciso chamar a atenção de que essa ideologia é obscurantista, medieval e é justificada por uma ideia que já existe há décadas, talvez séculos, de que o mundo vai acabar a qualquer momento. Portanto, não se pode perfurar um poço de petróleo, não se pode fazer uma hidrelétrica, enfim, se deveria voltar ao passado.

O apocalipse como ideologia deveria ser deixado para as igrejas do ambientalismo, não para um órgão técnico do governo.

Em segundo lugar, o IBAMA não pode ter o poder – acima do próprio governo – de barrar obras que sejam de grande interesse para o País. Não pode estar num mero órgão técnico a decisão de impedir a construção de um hidrelétrica ou de um poço de petróleo. No máximo, como dissemos, ele pode indicar a melhor e mais adequada forma de fazer isso. Deveria ser um órgão consultivo.

O petróleo é uma política estratégica para o desenvolvimento do País. Isso deveria estar sob o controle do governo, do Parlamento, das instituições políticas do Estado. É uma discussão política, não técnica.

Decidir se o petróleo será ou não explorado é uma questão política. Só mesmo no Brasil os capachos do imperialismo fazem a propaganda de que não pode explorar o petróleo, não pode construir hidrelétrica etc, passando por cima dos interesses nacionais.

É o governo que deve tomar a decisão, ou seja, foi para isso que o governo foi eleito e ele deveria representar o interesse do povo.

O que está acontecendo é uma barbaridade. Marina Silva foi colocada no ministério com poder de veto motivada ideologicamente por essas ideologias ambientalistas religiosas, que na verdade são motivadas pelos interesses do imperialismo.

O Brasil precisa de desenvolvimento, as regiões Norte e Nordeste precisam ainda mais de tecnologia e riqueza.

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